A estiagem que assola o Rio Grande do Sul está impactando no fornecimento de água à população de pelo menos três municípios da Serra. Um deles é Nova Petrópolis, onde a barragem está em 32% da capacidade, sendo necessário apoio de caminhões-pipa que transportam até o Centro a água captada em dois poços artesianos da localidade de São José do Caí. Por enquanto, não há falta de água para consumo da população.
Em 2020, a cidade também dependeu de transporte para abastecimento. Segundo a Superintendência Regional Nordeste da Corsan, Veranópolis e São Sebastião do Caí também estão com abastecimento ameaçado em função da baixa incidência de chuvas, demandando alternativas para evitar a interrupção do fornecimento.
— Ainda estamos fazendo um levantamento pra avaliar a situação de cada município, não temos nenhuma situação de calamidade, mas começamos a solicitar planos de contingência de alguns municípios, pedindo para que atuem também na conscientização dos moradores — afirma a superintendente adjunta da Regional, Fernanda Pescador.
A gestora afirma que, em Veranópolis, poços artesianos também estão sendo alternativa para continuidade do abastecimento normalmente realizado a partir de captação em barragem. O reservatório, que também abastece Nova Prata, está abaixo do nível. A expectativa da Corsan é de que obras realizadas no Rio da Prata contribuam para uma melhora de cenário, já que garantirão um reservatório exclusivo para a população pratense. A superintendente não informou quando essa obra será concluída.
Em São Sebastião do Caí, o ponto de captação de água feita no Rio Caí está abaixo do nível e, por isso, conforme Fernanda, a Corsan está buscando pontos alternativos, com mais profundidade, para remanejo das bombas.
— A chuva de ontem (segunda-feira, 3) e a prevista para ocorrer amanhã (quarta-feira, 5) podem modificar o cenário, mas a estiagem ainda gera possibilidade de racionamento dentro de um mês, caso a previsão do tempo se mantenha — comenta a superintendente.
Em Caxias do Sul, o nível das represas ainda não é considerado alarmante para o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), mas o pedido é para que a população use a água de forma extremamente consciente para que se evitem situações críticas ao longo dos próximos dias e semanas.