A água que corre há dois meses de um terreno para uma boca de lobo no bairro Rio Branco, em Caxias, não é potável. Servidores da secretaria de Obras concluíram que a origem do vazamento é a rede de esgoto que passa pela Rua José Martha. O endereço passa por inspeção do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) e da secretaria desde o fim da semana passada.
Moradores das proximidades dizem que o problema persiste desde o fim de agosto. Na época, ao menos um chamado chegou a ser aberto junto à autarquia, mas o problema não foi resolvido. A água corre por baixo das telhas que cercam o terreno e segue direto para a rede de drenagem. Segundo a psicóloga Carina Danna, que mora nas proximidades, a água aparenta ser limpa.
Procurado pela reportagem na última quarta-feira (13), o diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti, disse, na ocasião, que não constava registro de reclamação referente ao problema no sistema da autarquia. Posteriormente, relatou que o primeiro chamado referente ao caso foi aberto em 27 de agosto, mas mencionando a Rua Tancredo Feijó e não a Rua José Martha, o que dificultou a localização nos registros.
— Ainda no dia 27, um técnico foi até lá, mas não encontrou a origem do problema — relata.
Após o contato da reportagem na semana passada, novas inspeções foram realizadas na rede de abastecimento das proximidades, com a utilização de equipamentos próprios para identificar vazamentos. Conforme Meletti, nenhum problema foi encontrado.
— A água vem por baixo do prédio que fica ao lado. Alguém no terreno colocou canos para direcionar essa água para a rua não ficar empoçada. Vamos ter que entrar com máquina, mas temos que pedir licença, encontrar o dono — explicou Meletti, ainda no fim da semana.
Na manhã desta segunda-feira (18), equipes da secretaria de Obras começaram a trabalhar no terreno para descobrir se a água tinha origem na rede de drenagem. O trabalho exigiu a utilização de máquinas e caminhões. Conforme a secretaria, por ser área particular, havia a possibilidade de o ponto de vazamento não ter ligação com a rede pública, o que acabou descartado.
— A tubulação é na calçada, mas a água subia por dentro do terreno e depois ia para a rua. A água encontra caminhos. Houve um deslocamento na junção dos tubos e estava vazando — explica Meletti.
Por não se tratar de vazamento na rede de abastecimento, os reparos serão realizados pela secretaria de Obras.