As ruas e avenidas de Caxias do Sul são reconhecidamente melhor conservadas em comparação com as rodovias estaduais que cortam a cidade. Essa vantagem, porém, não significa que todas apresentem condições excelentes. É o caso do anel perimetral, que com frequência tem desníveis, asfalto desgastado e até mesmo buracos. A reportagem do Pioneiro percorreu os 26 quilômetros que somam os dois sentidos das três perimetrais da cidade e constatou que as piores condições estão na Perimetral Sul.
Um dos trechos que apresenta o pavimento mais danificado é o entroncamento da via com a Avenida São Leopoldo. O ponto costuma apresentar buracos após períodos prolongados de chuva e acumula tapa-buracos, o que deixa a pista irregular. Neste ponto, também há um dos três buracos grandes identificados pela reportagem. Ele fica na pista da direita no sentido Av. São Leopoldo-bairro Kayser.
O aclive entre os bairros Salgado Filho e Kayser é outro trecho com problemas. A faixa da direita apresenta muitas ondulações, consequência de caminhões pesados que circulam pela via. Ainda em direção à rótula Nelson Bazei, as melhores condições, são perceptíveis nas proximidades do cruzamento da perimetral com a Av. Rio Branco. Neste ponto, se percebe uma camada asfáltica mais recente na faixa da direita e, portanto, menos danificada. Na faixa da esquerda não há problemas graves, mas o pavimento mais antigo é perceptível.
As condições da via voltam a piorar na região do bairro Floresta. A maior quantidade de danos se concentra nas duas pistas de sentido Kayser-rótula Nelson Bazei. Contudo, o buraco mais profundo fica neste trecho, mas no sentido contrário. É uma cratera na faixa da esquerda, junto a uma demarcação da velocidade máxima. Em direção à Av. São Leopoldo, o outro trecho com a maior concentração de ondulações e irregularidades fica entre as avenidas Bom Pastor e Salgado Filho. Foi neste trecho que a reportagem encontrou um terceiro buraco também na faixa da esquerda, embora não seja tão profundo.
Apesar das condições não serem ideais, nem todos os motoristas consideram que haja problemas graves na Perimetral Sul. É o caso do aposentado Luiz Carnino, 60 anos.
— Para mim está tranquilo, está ótima. A questão é o passeio público, que é triste. Há duas quadras daqui (de um posto de combustível no bairro Floresta) caiu um muro em cima da calçada e ninguém arrumou — alerta Carnino.
O secretário de Obras, Norberto Soletti, disse que os buracos serão fechados imediatamente e que, para o segundo semestre, estão programados remendos nos trechos mais críticos. Contudo, a obra, que será executada pela Codeca, ainda depende de orçamento.
— Em função da pandemia, explodiram os valores. Para se ter uma ideia, os vergalhões de aço, que utilizamos em obras da secretaria, aumentaram 120% — revela Soletti.
Outras perimetrais passaram por reparos
Apesar de ter menos problemas em relação à Perimetral Sul, a Perimetral Norte, que vai do entroncamento com a Rua Ludovico Cavinato a BR-116 também apresenta pontos de asfalto irregular. O pior ponto é justamente a faixa da direita no acesso à rodovia federal, que apresenta rachaduras e ondulações.
Nos bairros Interlagos e São José também há trechos com pavimento mais antigo e pontos sem sinalização. A reportagem não identificou buracos na via, que passou por remendos dos pontos críticos no ano passado.
Já a Perimetral Oeste, entre a Casa de Pedra e a Rótula Nelson Bazei é a via em melhores condições. Apesar de trechos sem sinalização, o pavimento apresenta boas condições gerais. A avenida passou por recapeamento completo em 2018.