A prefeitura de Caxias do Sul está remontando a tenda em frente à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Central, na Rua Marechal Floriano. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) esclarece que a estrutura não será utilizada para atender a pacientes, mas como um abrigo para as pessoas que estão com sintomas respiratórios e que procuram pelo serviço. A conclusão da montagem deve ocorrer durante esta terça-feira (25). A expectativa é que ela comece a funcionar à noite.
A estrutura tem dimensões menores do que a anterior porque, justamente, não tem a parte dos consultórios e triagem. Será apenas um ambiente onde estarão dispostas cadeiras para que as pessoas aguardem sentadas e com o mínimo de proteção à chuva e ao frio pelo atendimento, que seguirá sendo feito dentro da unidade.
— Terá piso, paredes internas e, se precisar, vamos colocar alguns aquecedores. Não terá nenhum tipo de atendimento na tenda. Ela é para dar certo conforto para quem tem que ficar aguardando e não tem espaço dentro da sala de espera da UPA — explicou o coordenador de urgências e emergências da prefeitura, Fábio Baldisserotto.
A tenda anterior foi desmontada no início de abril depois que, na metade de março, o atendimento da UBS São Vicente, no bairro Jardelino Ramos, foi reformulado e ela passou a operar como um ambulatório que absorveu casos de síndromes gripais e suspeita de covid-19, parte da demanda que chegava à tenda, reduzindo o volume de pacientes na estrutura provisória em cerca de 40%. Antes disso, na primeira quinzena de março, a UPA Central chegou a operar com 180% da capacidade.
O coordenador de urgências e emergências da prefeitura, Fábio Baldisserotto, disse que a remontagem da estrutura ocorre porque houve um aumento de cerca de 30% nas consultas de casos de síndrome respiratória na UPA Central nas duas últimas semanas, o que tem gerado filas de espera ao lado de fora do prédio. Esse crescimento da procura também se reflete nas internações: a unidade está com 100% dos leitos ocupados. No dia 17 deste mês, a UPA operava com 40% da capacidade.
— Já estamos em 100% da capacidade, com todos os leitos normais ocupados por pacientes suspeitos ou positivos. O alerta que tínhamos se confirmou mesmo. Temos um aumento considerável dos casos de covid-19. Se configura um segundo pico, porque a região já está nessa situação. É um movimento que já estávamos vendo nos hospitais particulares e, agora, no SUS, na UPA Central — pondera, referindo que a UPA Zona Norte ainda não está recebendo casos respiratórios e a situação é melhor.
Entre os pacientes internados na UPA Central, quase a totalidade tem menos de 60 anos, o que, segundo Baldisserotto, pode ser um indicativo de que a vacina está protegendo os idosos.
A UBS São Vicente segue sendo ponto de apoio para casos de síndrome gripal e suspeitos de covid-19. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 20h. Nos demais horários, a UPA Central é referência.