O Projeto Floresça Caxias, que permite a adoção e revitalização de espaços públicos para tornar o município mais atrativo, está sendo reestruturado pela administração municipal de Caxias do Sul. A reformulação é realizada por meio da vice-prefeita, Paula Ioris, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) e da Secretaria Municipal do Planejamento (Seplan), juntamente com a contribuição do Vivacidade, um programa que realiza ações, projetos e iniciativas que revitalizam espaços urbanos. A intenção é que, em breve, as adoções sejam retomadas.
O projeto, instituído em agosto de 2014, é gerenciado pela Semma e prevê a cooperação entre o município e a sociedade para a adoção de espaços em áreas verdes públicas. Segundo a coordenadora de legislação da Semma, Luzia Oss, o Floresça Caxias foi enviado para reformulação em 2017, mas não teve nenhum andamento desde 2018.
O objetivo agora é discutir uma nova legislação, que leve em conta as demandas do município e do setor privado, buscando facilitar o processo e torná-lo menos burocrático.
— Estamos tentando simplificar o processo para garantir o maior número de adoções possíveis tanto de canteiros, áreas públicas, quanto de praças e parques — destaca.
No projeto anterior, a maior parte das adoções se limitava aos canteiros e jardins. Na época, foram regularmente adotados 146 canteiros. Agora, o objetivo é ampliar este número e disponibilizar outros tipos de áreas para a adoção como parques, praças e jardins, rótulas, viadutos, bem como outras áreas passíveis de ajardinamento ou arborização urbana.
Segundo dados do Inventário Municipal de Arborização Urbana, realizado em 2016, Caxias do Sul possui cerca de 589 áreas verdes. Exceto as de preservação, as outras áreas poderão ser disponibilizadas para adoção.
— A Semma tenta dar conta de todas, mas como a cidade é muito grande isso nem sempre acontece. A intenção da adoção é garantir que a manutenção fique sempre em dia e a cidade mais bonita para a população — explica Luzia.
Para que o projeto seja capaz de se autossustentar, a legislação está sendo analisada para que possa permitir a utilização das áreas para uso de serviços como a inclusão de barracas, bancas de flores, etc. Essa medida irá garantir verbas para manutenção, bem como atrair ainda mais as pessoas e empresas a participarem.
Enquanto o projeto tramitava para reformulação, a coordenadora revela que as empresas privadas que participavam do Floresça Caxias anteriormente continuaram preservando os espaços, mesmo sem a renovação oficial.
— Naquilo que o poder público não consegue fazer sozinho, é importante ter o auxílio do setor privado para ajudar a população a utilizar esses espaços de forma efetiva e segura — ressalta.