Um homem morreu e uma mulher ficou gravemente ferida após um acidente com um carreto agrícola na localidade de Linha Sete Colônias, no interior de Farroupilha. O agricultor Osmar Toassi, 77 anos, estava retornando para casa, uma propriedade rural, na companhia da esposa, Maria de Lurdes Toassi, quando o veículo tombou em uma descida a cerca de 100 metros da residência. O acidente aconteceu por volta das 9h30min de sábado (30). Osmar chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, passou por cirurgia, mas não resistiu e morreu no domingo (31). O corpo do agricultor está sendo velado na manhã desta segunda-feira (1º), na Capela Santa Cruz de Nova Milano, em Farroupilha, e será sepultado às 11h, no Cemitério Paroquial de Nova Milano.
Segundo o genro de Toassi, Ivanor Lazzari, o casal retornava do supermercado quando aconteceu o acidente. Maria de Lurdes segue internada no Hospital São Carlos, com parte das costelas quebradas e a clavícula fraturada. Ela ainda deve passar por uma cirurgia.
— Tudo indica que faltou freio. Apenas o tornozelo do meu sogro foi atingido, mas uma veia foi cortada no contato com a lataria do veículo. Ele fez a cirurgia e estava ciente, mas houve complicações pela falta de sangue que ele teve. Ele sofreu uma hemorragia no momento do acidente — conta.
De acordo com Lazzari, os sogros cultivavam parreirais de uva na propriedade e realizavam revisão do veículo com frequência.
— Digo que foi obra da natureza mesmo, aconteceu e não tinha como ter evitado — lamenta.
Toassi deixa dois irmãos, duas filhas, além de netos. O velório ocorre com limite de 15 pessoas no espaço por conta da pandemia. Segundo a Delegacia de Pronto Atendimento, informações iniciais são de que o caso não foi registrado na DP, já que a morte não aconteceu no momento do acidente, o que exigiria acionamento da perícia por parte dos Bombeiros.
Os registros de mortes ocasionadas por acidentes com máquinas agrícolas tem aumentado, segundo o Cerest/Serra, um serviço especializado e multiprofissional na área da saúde. A maioria dos registros foi com uso de trator. Conforme o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Rio Grande do Sul (Sincodiv), a legislação brasileira se consolidou a partir de 2009 para garantir que as máquinas contassem com itens de proteção, como cinto e arco de segurança, além de sistema de pisca e sinalizador sonoro para ré.