A distribuição da vacina contra a covid-19 no Rio Grande do Sul, registrada nesta terça-feira (19), também contemplou municípios do Litoral Norte, onde milhares de turistas passam a temporada de verão. Em Arroio do Sal, um dos principais destinos dos veranistas da Serra, as primeiras 100 doses recebidas serão exclusivamente destinadas aos profissionais da saúde, grupo que totaliza 170 pessoas. A Secretaria Municipal da Saúde afirma que, mesmo nas próximas etapas, que incluirão idosos, por exemplo, veranistas não terão acesso à imunização na cidade.
— As doses são calculadas com base na população residente e com as necessidades de cada grupo específico, em relação às comorbidades, por exemplo, conforme o cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, pessoas que vêm de outras cidades estarão com as doses computadas para sua cidade e devem buscar a imunização lá — afirma o titular da pasta, Diego Feldmann de Vargas.
De acordo com ele, Arroio do Sal conta atualmente com mais de 15 mil cadastros SUS e cerca de 98% da população utiliza os serviços gratuitos na cidade. No período de veraneio, estima-se que a população da cidade chegue a 50 mil pessoas, algo que, segundo Feldmann, também preocupa outras praias gaúchas.
— Algumas pessoas já estão ligando e estamos explicando. Hoje, o veranista que tem cartão SUS, tem direito aos atendimentos de urgência e emergência na cidade, mas não consegue retirar medicação, por exemplo, porque o repasse também é feito com base no atendimento aos munícipes — completa o secretário.
Além dos 170 profissionais da Saúde de Arroio do Sal, também entram na fila de prioridade, assim que forem recebidas mais doses, o grupo de acamados, que gira em torno de 30 a 35 pessoas. Feldmann afirma que a cidade não conta com população indígena ou Institutos de Longa Permanência de Idosos (ILPI), por isso as etapas seguintes serão destinadas aos idosos, iniciando pelos que estiverem em faixa etária mais avançada.
O secretário explica, ainda, que para ter o cartão de atendimento junto ao SUS do município é preciso solicitar o cadastro. A autorização depende de uma averiguação, que é feita por um agente de saúde, em visitas realizadas ao longo de três meses para que seja comprovada a residência. A partir disso, o morador será contabilizado no quadro considerado pelo Ministério da Saúde para distribuição das doses.