A vacinação contra covid-19 já garantiu a imunização de 6.897 pessoas em Caxias do Sul. A cidade já recebeu, até o momento, 11,2 mil doses de vacinas divididas em dois lotes: um de 6 mil unidade em 19 de janeiro e outro de 5,2 mil no último dia 25. Foram imunizados 5.716 profissionais de saúde, 789 idosos que vivem em asilos e 392 trabalhadores dessas casas de repouso. Isso equivale à aplicação de 61% das doses. Esses dados foram repassados pela Secretária Municipal de Saúde (SMS). Já no Vacinômetro do Governo do Estado constam 5.026 doses aplicadas, o que representa 45% das recebidas.
A diretora da Vigilância em Saúde de Caxias do Sul, Juliana Argenta Calloni, ressalta que a imunização contra o coronavírus é diferente das demais campanhas de vacinação.
— Essa vacinação é mais demorada para que possamos garantir a imunização de quem mais precisa neste momento levando em conta todos os critérios técnicos que precisam ser avaliados. É uma vacinação diferente porque há grupos prioritários dentro de outro grupos — explica.
Ela diz que o processo é mais demorado, uma vez que é necessário mapear os profissionais seguindo as diretrizes, mas lembra que as orientações podem ser revistas:
— Primeiro mapeamos os profissionais de linha de frente, dos hospitais, UTIs e CTIs, de atendimento covid-19, de urgências e emergências, quantos idosos em casas de repouso, e imunizar esse público respeitando os critérios. Contudo, gradativamente, o MS (Ministério da Saúde) e o Governo do Estado modificaram as recomendações, sendo que no dia 25 o Estado criou uma escala prioritária dentro dos prioritários da área de saúde.
A diretora ressalta ainda que, nas demais campanhas, como a da vacinação da influenza, o município já conhece antecipadamente o público alvo e as vacinas são aplicadas ao mesmo tempo.
— A vacinação contra a covid-19 é mais demorada, não é tão simples, porque tem todo esse mapeamento. A aplicação em si é rápida, mas temos que mapear, identificar dentro do serviço quem atende, para destinar as doses para quem está mais exposto neste momento. Em virtude do baixo número de doses, precisamos destinar a quem está mais suscetível — destaca.
Outro fator determinante para que o processo seja mais lento é que, no caso dos idosos, apenas uma equipe tem ido até os asilos para imunizar os residentes:
— Na influenza, por exemplo, cada UBS mapeava quais casas de repouso faziam parte do seu território. Agora, para não perder nenhuma dose, temos apenas uma equipe responsável pela vacinação dos idosos, que vão até os residenciais.
Juliana finaliza:
— Não perdemos nenhuma dose, é mais demorado, é, mas é uma maneira de imunizar todos que são prioridade agora, de usar todas as doses que recebemos para garantir a vacinação.