Na contagem regressiva para a Feira do Livro, que começa no próximo dia 27, a prefeitura de Caxias do Sul deu início ao processo de embelezamento da Praça Dante Alighieri, no Centro do município. No final da última semana, foram plantadas cerca de 26.720 mudas de flores nos canteiros da praça. A maior mudança se deu no canteiro que cerca o chafariz, mas, em menos de quatro dias, grande parte da vegetação já havia sido danificada pelas pombas que vivem na região.
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De acordo com o secretário do Meio Ambiente de Caxias, Nerio Susin, parte das flores plantadas são oriundas do horto municipal. O investimento, só para as mudas, é de cerca de R$ 30 mil. Há, ainda, custos para a mão de obra de servidores, cobertos pelo contrato com a Codeca.
Entre as ações previstas pelo processo de embelezamento, estão a roçada da grama e a manutenção de bancos e lixeiras, alguns já em processo de deterioração. A prefeitura também deve levantar a copa de árvores nos arredores da praça, por meio da poda, com o objetivo de facilitar o trânsito de pessoas.
Conforme o titular da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma), a manutenção dos bancos e a poda das árvores devem ser concluídas entre o final desta semana e o meio da semana que vem. Mais para frente, Susin adianta que a Secretaria Municipal de Trânsito planeja instalar o piso tátil no entorno da praça, voltado às pessoas com deficiência visual. Na área central da praça, não será possível a colocação do piso em virtude do tombamento do piso português, segundo Susin.
Em setembro, o Centro de Atenção ao Turista (CAT) da praça foi reaberto após seis meses fechado em função da pandemia. O espaço passou por revitalização, incluindo lavagem e a substituição das barras de alumínio por outras de aço. A intenção é proteger a estrutura de novos furtos.
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Aumento do número de pombas é polêmico em Caxias
O crescimento da população de pombas no centro da cidade já gera polêmica há tempos. De um lado, moradores e trabalhadores da área central do município que se preocupam com a transmissão de doenças pelas aves, além da sujeira e do mau cheiro, que fazem com que muitas pessoas deixem de frequentar a praça. De outro, parte da população que não vê problema na situação, alegando, inclusive, que grandes cidades pelo mundo aprenderam a conviver com os animais, caso de Buenos Aires e suas tradicionais praças.
Segundo levantamento da prefeitura, eram 6 mil aves em 2016. O número vem crescendo de forma notável, segundo acredita o secretário:
— Hoje, tu podes triplicar esse número — diz Susin.
Conforme ele, as iniciativas para o controle das aves são inviáveis. Uma ideia seria a substituição dos ovos dos pássaros por ovos de porcelana, como forma de redução da natalidade. Outra ação seria a captura das aves, com tarrafas, por exemplo, e destiná-las ao pombal do município.
— Todos os prédios no Centro têm ninho de pomba. Teríamos de acionar guinchos, treinar servidores... Nós não somos uma cidade tão rica a ponto de abrir mão desses servidores, que poderiam estar fazendo outras coisas. Nós não temos investimento para fazer isso — resume Susin.
A lei municipal 7.654/2013 prevê advertência e multa no valor de 10 Valores de Referência Municipal (1 VRM = R$ 32,18) para quem alimentar as pombas. Em caso de reincidência, a multa sobe para 20 VRMs.