Desde esta segunda-feira (26) familiares estão autorizados a realizar o velório de pessoas que tiveram covid-19 mas morreram de outras complicações causadas pela doença em Caxias. A possibilidade se deve a uma mudança no regramento que vigorava desde março por determinação da prefeitura.
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A partir de agora, o velório é possível se o paciente já havia superado o período de transmissão do vírus, que pode variar dependendo dos sintomas que ele tinha. No entanto, ainda assim a cerimônia depende de um atestado médico e deve seguir as regras dos decretos de distanciamento, com horário e público reduzidos.
— Muitas pessoas não têm mais o vírus, mas morrem de outras complicações, como infarto, por exemplo. Desde que o médico confirme que não há mais transmissão, pode fazer o velório normalmente. Quando se faz o enterro com suspeita ou confirmação no período em que ainda está transmitindo, são seguidas as regras sanitárias (que impedem o velório) — explica o secretário da Saúde de Caxias, Jorge Olavo Hahn Castro.
De acordo com o secretário, a mudança no regramento neste momento ocorre devido ao entendimento de que as pessoas deixam de transmitir de um certo período. Essa era uma informação que já era considerada antes. Mas, agora, conforme Castro, há dados mais precisos.
— Antes, não se sabia por quanto tempo a pessoa transmitia. Agora se tem um grau maior de certeza — explica o secretário.
A regra chegou a causar questionamentos no início da pandemia. Em maio, por exemplo, uma mulher de 96 anos que foi internada com coronavírus se recuperou, mas acabou morrendo dias depois. O velório chegou a ser realizado, mas a Secretaria da Saúde disse que não havia autorizado a cerimônia.