Entre 2011 e 2019, 7.669 casos de sífilis foram notificados em Caxias do Sul. Foram 59 casos em 2011 e 1.635 no ano passado. A taxa de detecção aumentou de 13,4 para 320 casos para cada 100 mil habitantes em um período de oito anos. A maior parte das notificações da doença adquirida foi na faixa etária dos 20 a 29 anos.
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Os dados divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde, em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis, comemorado neste 17 de outubro, também mostram o crescimento nos números entre gestantes — eram 30 casos em 2011 e 238 em 2019. No caso de sífilis congênita, que é transmitida da mãe para o bebê durante a gravidez ou no parto, foram 57 casos no ano passado. Em 2011, no início da série histórica, eram 25, e houve um pico em 2016: 93 casos.
Conforme a médica infectologista da Secretaria da Saúde, Andrea Dal Bó, a doença é responsável por mais de 300 mil mortes fetais e neonatais por ano no mundo. É possível proteger o bebê com acesso precoce à testagem durante o pré-natal e com o tratamento adequado das gestantes positivas e dos parceiros.
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada por uma bactéria chamada treponema pallidum. É transmitida por relação sexual sem uso de preservativo, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe para o bebê durante a gravidez ou no parto.
Testes rápidos para a detecção da doença e tratamento são oferecidos nas unidades básicas de saúde (UBSs) do município.