O final da tarde de quarta-feira (2) foi de preocupação para quem utilizou a linha Farroupilha–Caxias em um ônibus da empresa Ozelame. Por volta das 17h, os passageiros se viam aglomerados e em pé no veículo lotado. Conforme um usuário que prefere não se identificar, havia pessoas sem máscara. Passageiro diário do coletivo, ele relata que passou a ser comum viajar ao lado de outro. No início da pandemia, era regra sentar sozinho no espaço de dois acentos para evitar contato.
O acúmulo de pessoas dentro do coletivo é confirmado pela empresa, mas segundo o diretor Julio Ozelame, a aglomeração não é comum nos trajetos.
—O que aconteceu foi um acidente entre Farroupilha e Bento que ocasionou em atraso muito relevante nos horários. Nesse caso falei para o motorista que os passageiros eram prioridade, para que não ficassem nas paradas. Podíamos deixar eles na parada ou levar de pé e aguentar as conseqüências, o que achei mais sensato para não deixar a pessoa que trabalhou o dia inteiro na mão. Temos um controle rigoroso. Pode ser que eventualmente aconteça (lotação) porque não podemos prevenir tudo e parece que de abril para cá tem aumentado gradativamente o número de passageiros — afirma.
Segundo Ozelame, a empresa opera com 40% a menos de público do que antes da pandemia, o que acarreta em menor quantidade de horários disponíveis. Pelo decreto estadual, as empresas são proibidas de operar com passageiros em pé.
Mais efetivo – De acordo com Ozelame, a equipe que estava afastada por conta do isolamento social deve retornar ao trabalho no próximo dia 8. Apesar de atuarem com 50% da carga horária, será possível para a empresa resolver problemas inesperados.
— Não adianta ter ônibus e não ter gente pra trabalhar. Com as escolas voltando teremos mais capacidade para resolver problemas não previstos — afirma.
A orientação ao passageiro que observar lotação de usuários no coletivo é comunicar o motorista, segundo Ozelame.
No início da pandemia, usuários também reclamaram de linhas operando com maior número de passageiros. A informação da Ozelame, no mês de maio, foi de que houve um problema isolado.