Ao contrário do posicionamento da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) concorda com o calendário de retorno gradativo das aulas proposto pelo governo do Estado em reunião virtual na manhã desta terça-feira (1). José Carlos Breda entende que praticamente todos os municípios da Serra estão preparados para a volta dos encontros presenciais.
— Não tem porque estar contra. É autorizativo. Se eu entender que meu município não tem condições de voltar , ou os pais não quiserem, tenho liberdade para definir. Sei que na nossa região, todos os planos estão praticamente prontos para voltar dia 14 — afirma.
Segundo Breda, há apenas um ponto de discordância. A Amesne entendia que o município que se sentisse preparado poderia retornar antes do cronograma divulgado.
— O calendário proposto não pode ser antecipado, em princípio. Colocamos essa dúvida, mas parece que não será possível — diz.
Por meio de nota, a Famurs afirma ser contrária ao retorno presencial das aulas. Entre as justificativas, está a falta de apresentação de um estudo que considere o estágio da pandemia e programa de testagens para a doença. Outro ponto de discordância foi a data para retorno da rede estadual de ensino, que retoma depois dos municípios pelo calendário proposto. O primeiro cronograma apresentado, e descartado, previa a retomada a partir desta segunda-feira (31). A Famurs havia rejeitado o plano com 94,6% de concordância prefeitos.
O Piratini propôs início das aulas pela Educação Infantil em 8 de setembro, seguido pelo Ensino Médio e Ensino Superior, em 21 de setembro, e o Ensino Fundamental, entre 28 de outubro (anos finais) e 12 de novembro (anos iniciais). Na rede estadual, a volta será em 13 de outubro.
Em Caxias, a informação da prefeitura até o início da tarde desta terça-feira é de que as escolas infantis privadas e o Ensino Superior poderão voltar no próximo dia 8, caso tenham tido os planos aprovados. O restante ainda não foi definido.
A volta às aulas será permitida para regiões com bandeira amarela ou que tenham classificação laranja por pelo menos duas semanas.
