Com o funcionamento da central regional de triagem de testes do coronavírus, a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (5ªCRS), com sede em Caxias do Sul, poderá encaminhar até 500 testes de coronavírus para análise por dia. A 5ª CRS não tem o dado de quantos testes de moradores da Serra eram feitos antes da implantação da central, na quinta-feira (24), porque os exames eram encaminhados diretamente pelos municípios ao Laboratório Central do Estado (Lacen). A Serra foi uma das primeiras contempladas com o novo serviço do Estado, que se estende a outros cinco regiões com laboratórios em Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul e Santa Maria. O objetivo é agilizar o processo de recebimento dos resultados.
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Agora, os municípios da região podem entregar o material coletado em Caxias, e não mais no Lacen, que fica em Porto Alegre. Uma vez ao dia, uma empresa responsável pela logística recolhe esse material na Coordenadoria e leva ao aeroporto Hugo Cantergiani, onde é despachado para que a análise seja feita em laboratórios contratados no Rio de Janeiro, no Paraná e em São Paulo.
— Agora, a gente vai encurtar o caminho. Os municípios entregam direto aqui na regional e nós encaminhamos diretamente ao laboratório. Então, a gente ganha, no mínimo, um dia de ida e um dia de volta na questão das análises — comenta a coordenadora regional de Saúde, Tatiane Misturini Fiorio, ao explicar que, pela experiência dos primeiros dias de operação, a tendência é que o resultado demore cerca de três dias para a maior parte dos casos.
Essa ação faz parte do projeto Testar RS, que ampliou a quantidade de exames da covid-19 no RS. O Estado diz que é possível pular de cerca de 2 mil exames antes do novo programa para até 8 mil por dia a partir da implantação da ação. Com isso, os testes analisados no Lacen são apenas os considerados mais urgentes, como de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), indígenas, casos de surtos, doadores de sangue, moradores de asilos, trabalhadores da área da saúde, gestantes e mulheres no pós-parto, além de pessoas que morreram e é preciso definir se a causa foi consequência da covid-19 ou não.
Para fora do Estado devem ir todos os exames de pessoas com síndrome respiratória que têm suspeita de covid-19. Com o fornecimento dos testes moleculares (PCR), que são considerados padrão ouro para identificação da doença, a Secretaria Estadual da Saúde orienta que todos os pacientes que procurarem os serviços de saúde com síndrome gripal sejam testados.