A decisão de manter a Serra classificada como bandeira vermelha, anunciada pelo governador nesta terça-feira (16), contrariou a expectativa de lideranças da região. Após uma reunião entre prefeitos e o governador realizada na noite de segunda-feira (15), onde foi contestada a reclassificação anunciada no final de semana, esperava-se uma possível retomada no modelo de bandeira laranja, que, entre outras flexibilizações, permite a abertura do comércio e também de restaurantes, desde que seguidas as regras sanitárias estabelecidas em decreto.
— Tivemos avanços, algumas pequenas conquistas, como a possibilidade de trocarmos para laranja dentro de uma semana, e não mais de 15 dias, como havia sido estabelecido inicialmente. Claro que isso vai depender dos indicadores, mas vamos trabalhar forte na ampliação de leitos e na conscientização das pessoas, para que se cuidem e evitem aglomerações — afirmou o presidente da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), prefeito de Cotiporã, José Carlos Breda, uma das frentes locais na negociação com o Estado.
Breda afirma que, embora a decisão tenha desagradado muitas pessoas, é preciso ter coerência diante da realidade e entender que a pandemia trata-se de um desafio para todos. Em reunião com os municípios associados, realizada logo após o pronunciamento do governador, os prefeitos decidiram acatar o decreto estadual e intensificar as medidas de conscientização, bem como fiscalização da população, caso haja descumprimento.
— Quando pedimos para revisar o fechamento da Região Metropolitana, o governador nos atendeu. Agora temos que nos adequar a algumas coisas, mudar nossos hábitos. É um aperfeiçoamento constante, vamos aprender juntos, mas o ponto crucial é que as pessoas se cuidem, mesmo quando houver flexibilização — completou o presidente.