Com o retorno das atividades nas academias, a partir da próxima quarta-feira (22), a discussão principal gira em torno dos cuidados que precisarão ser tomados por profissionais e alunos. A infectologista Giorgia Torresini entende que o principal risco é em relação a aglomerações.
— Como é um vírus que se prolifera através da saliva e do suor, o que pode acontecer é os equipamentos da academia estarem contaminados, porque são muitas mãos passando ali. Então, se tem que voltar, teria que ser com regras bem rigorosas e com fiscalização — explica.
Conforme a infectologista, os cuidados precisam ser redobrados neste momento, pensando na saúde individual e coletiva:
— O cliente tem que usar máscara doméstica, a de pano. Quem está com sintomas respiratórios não deve ir. O número de clientes na academia tem que ser extremamente controlado, garantindo a distância de 1,5 metro de uma pessoa para a outra. Além disso, antes de fazer o exercício, de entrar em contato com o equipamento, ele tem que ser higienizado com álcool. As janelas totalmente abertas e, de preferência, evitar os exercícios que tenham toque, aquele exercício de alongamento, que o professor tem contato com o aluno.
Os decretos iniciais determinavam abertura apenas dos serviços essenciais, não considerando academias um deles. O que vai ao encontro do pensamento de Giorgia. Ela compreende a importância da atividade física, mas vê outras alternativas neste momento.
— Eu não sou a favor de liberar estabelecimentos que não são considerados de extrema necessidade. Acho que tu podes fazer uma atividade física alternativa. Entendo também que as academias precisam sobreviver, também penso nisso. Mas vai depender agora do cliente querer ou não voltar, fica uma opção pessoal. Por isso que agora abrindo tudo, tu vais ter que ter muito mais conscientização em ir ou não ir, e manter as medidas de prevenção — defende.