De modo geral, a rede estadual de Educação pretende iniciar o ano letivo 2020 no dia 18 de fevereiro. A retomada, porém, deverá ocorrer de forma gradual entre as escolas que integram a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), uma vez que o calendário de 2019 atrasou por conta da paralisação de professores que ocorreu no final do ano. Cinco escolas da região — quatro de São Francisco de Paula e a escola Olga Maria Kayser, de Caxias do Sul — ainda não encerraram o calendário letivo e devem permanecer em aulas até o dia de início do ano letivo seguinte. O início das aulas para estes estudantes ocorre somente entre os dias 14 e 15 de março.
— A maioria das escolas terminou o ano letivo e deu início aos 30 dias de férias para retorno em março. Em todos os municípios alinhamos o dia de início das aulas para aproveitar o transporte escolar que é fornecido e pra que em dezembro se encerre junto — afirmou Viviani Devalle, titular da 4ª CRE, em entrevista concedida ao programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (7).
Questionada a respeito do quadro de professores para o ano escolar que se inicia, Viviani garantiu que a CRE realiza um planejamento com as escolas para o preenchimento de vagas, com um levantamento de estabelecimentos que possam apresentar falta de professores logo após o início das aulas.
— Nesse momento de início de ano tem casos de professores que vêm para a rede estadual e logo em seguida são chamados no município. Eles acabam desistindo do contrato e temos que chamar outra pessoa, o que demanda um tempo. Estamos realizando uma força tarefa em toda a Seduc (Secretaria Estadual da Educação) para que esse processo de contratação ocorra com mais agilidade — afirmou.
Para Viviani, o cenário deverá ser melhor na volta às aulas deste ano. Ela afirma que o quadro é 40% composto por professores nomeados e 60% por contratados e que a alta nas prorrogações de contratuais registradas de 2019/2020, demonstram uma tendência de que muitos professores permaneçam no quadro. Além disso, a procura por aposentadorias, sobretudo motivada pela insegurança diante da Reforma da Previdência, diminuiu ao longo de 2019.
Em relação ao novo plano de carreira aprovado pelo Governo Estadual, a titular da CRE disse não ter recebido orientações, uma vez que a lei ainda não foi sancionada, porém ela acredita que com as novas normas estabelecidas, a estabilidade de professores deva ser maior.
— A nossa intenção é de iniciar o ano letivo com o quadro das escolas o mais completo possível — concluiu.
O término do ano letivo para as escolas que iniciarem no dia 18 de fevereiro deve ocorrer entre 21 e 22 de dezembro, com a entrega dos resultados finais. As escolas que atrasarão o ano letivo terão o calendário adequado, com previsão de encerrar as atividades até o dia 30 de dezembro.