Uma reunião na noite de segunda-feira (10) definiu que os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arnaldo Ballvê serão transferidos para o prédio do Instituto Estadual Cristóvão de Mendoza. A instituição municipal está em obras e, por isso, não pode receber os estudantes no início do ano letivo. Na sexta-feira, pais e mães haviam questionado a decisão e protestaram na frente da escola.
Conforme a secretária da Educação, Flávia Vergani, foi realizada uma espécie de assembleia na noite de segunda-feira entre os pais, estudantes e professores. Ainda segundo ela, uma mãe sugeriu uma votação e a decisão foi aceita pela maioria dos que estavam presentes.
— Todos têm boas intenções para que os nossos estudantes fiquem bem. Alguns pais visitaram o Cristóvão e mudaram de ideia — explica a secretária.
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Uma comissão foi formada com representantes dos pais e, a partir de quinta-feira, ela se reunirá para definir questões como o transporte dos estudantes.
Segundo Flávia, os cerca de 600 alunos continuarão inseridos em suas turmas de origem e apenas ocuparão a estrutura do colégio estadual.
A intenção da Secretaria Municipal de Educação (Smed) é que tudo esteja organizado para que o ano letivo inicie no dia 19 de fevereiro, no entanto, a data poderá sofrer alterações dependendo do andamento das decisões da comissão.
A previsão é que os estudantes retornem para o prédio da Escola Arnaldo Ballvê, no bairro Santa Lúcia, até o dia 6 de junho, prazo de 120 dias para a conclusão do aditivo da obra assinado na semana passada.
A definição da transferência para o prédio do Instituto Cristóvão de Mendoza ainda divide a opinião de alguns pais.
Mãe da estudante Nicole de 9 anos, a comerciante Adriana Negri, 46, discorda da mudança:
— Não vou levar. Foi terrível (a decisão). No grupo do Whats, está todo mundo revoltado.
Já Ronaldo Domingues, 44, pai do aluno Estevão Domingues, 13, cedeu à proposta feita pela Smed.
— Não é questão de gostar ou não. É questão de não ter outra possibilidade. Vai ter que ser lá. Mas fizemos alguns pedidos que vão ter que funcionar, como ajustes no prédio e reforço na segurança das crianças — solicita.
OBRAS
As obras na Arnaldo Ballvê, que previam a troca de telhado e piso, além da obtenção do alvará do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI), iniciaram em agosto de 2019, ainda na gestão do prefeito cassado Daniel Guerra (Republicanos), com prazo inicial de seis meses para a conclusão e investimento de R$ 1,1 milhão. No entanto, uma vistoria da Smed no início de 2020 constatou a necessidade de reformas nas paredes do prédio. A obra deve estar concluída em quatro meses.
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