Após abrigar mais uma vez um dos espetáculos mais procurados do Natal Luz, o Lago Joaquina Rita Bier, em Gramado, teve as obras de revitalização iniciadas na semana passada. Os trâmites para o início do trabalho já estavam concluídos, mas era preciso aguardar a retirada da estrutura das apresentações natalinas.
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Obras no Lago Joaquina Rita Bier devem começar até o fim do mês em Gramado
As primeiras intervenções são a construção de novos banheiros em estilo enxaimel, em substituição aos banheiros químicos que existiam até então, e de uma rampa de acesso ao Centro Cultural, para se adequar às regras de acessibilidade. A expectativa é de que as estruturas estejam finalizadas em cerca de um mês, conforme a secretária de Planejamento, Urbanismo, Publicidade e Defesa Civil de Gramado, Carmen Piazzi.
Já as etapas seguintes dependem de análise do lodo e da água do lago. A verificação foi uma solicitação do Ministério Público a fim de evitar que um eventual material contaminado fosse despejado diretamente no meio ambiente. Se for constatada alguma substância nociva, o município terá que contratar uma empresa para remover o lodo e levar a um aterro preparado para receber material contaminado. Caso contrário, o lago pode ser esvaziado por um dreno já existente, que despeja a água diretamente na rede pluvial. Com a secagem do lago, será realizada o nivelamento do fundo e a redução da altura da lâmina da água. Atualmente há pontos com quatro metros de profundidade e a intenção é diminuir para dois metros.
— O restante das obras já está contratada, mas precisamos decidir sobre o lodo para saber quando elas poderão começar. Se tiver que ser levado para outro lugar, vai ter muito trânsito de caminhões e não vai ter como fazer as obras — explica Carmen.
As modificações no entorno do Joaquina Rita Bier incluem novo tratamento paisagístico com criação de área de interesse, chamadas de estações. A estação funcional, por exemplo, prevê a prática de exercícios, enquanto a estação ilha vai ocupar uma porção de terra que fica no centro do lago. Também estão previstos novos bancos, bicicletários e substituição de passeios de madeira por estruturas de concreto.
De acordo com Carmen, as pendências de análise da água e do lodo não permitem estimar um prazo de conclusão da obra. O custo é estimado em R$ 145 mil, mas também pode mudar caso o lago não possa ser drenado para a rede pluvial. Os recursos são originários de uma multa de cerca de R$ 6 milhões aplicada a um hotel do bairro Planalto, que excedeu a altura de construção prevista no Plano Diretor. Os investimentos a serem realizados com o dinheiro foram definidos por uma Operação Urbana Consorciada, espécie de entidade que envolve poder público, empresas e moradores.