A falta de manutenção básica na RS-122 e BR-116, principais rodovias de acesso e saída de Caxias do Sul, tem feito com que motoristas precisem redobrar a atenção. O principal problema constatado fica por conta da falta de roçada. Assim, a vegetação toma conta de canteiros e, em muitos casos, dificulta a visão dos condutores. Em alguns casos, placas de sinalização também ficam encobertas pelo matagal.
O caso mais grave está concentrado à oeste da cidade, para quem vem de Farroupilha ou sai de Caxias pela RS-122. No trecho, não são poucos os pontos em que o mato no canteiro central encobre as placas de sinalização. Fazer manobras de retorno também se torna uma grande aventura aos motoristas que por ali transitam.
Conforme o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), ainda não há uma previsão para que ocorra a roçada no trecho. No entanto, a autarquia garante que, com a abertura do orçamento do Estado em 2020, os serviços de conservação e manutenção já estão programados, e que haverá prioridade à RS-122. Os trabalhos também devem envolver, conforme o Daer, manutenções em pontos críticos do pavimento — há uma grande quantidade de buracos na chegada a Farroupilha, por exemplo.
Na BR-116, apesar de a situação ser um pouco menos preocupante, também existem pontos críticos, principalmente no perímetro urbano. O acesso ao bairro Planalto, no sentido de quem vem da Universidade de Caxias do Sul (UCS), é um exemplo. O movimento de veículos no recuo para entrar no bairro costuma ser intenso, principalmente em horários de pico. Por isso, além da atenção ao fazer a conversão, o motorista precisa ficar de olhos bem abertos para tentar enxergar em meio à vegetação alta que se formou por ali. Outros problemas também são encontrados até o bairro Ana Rech.
Conforme o chefe da unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Daniel Bencke, as manutenções estiveram paradas nos últimos seis meses em razão de terem ocorrido problemas nos contratos de licitação. Solucionada a questão, agora ele pretende "colocar a casa ordem" no trecho de sua responsabilidade — cerca de 100 quilômetros, entre Campestre da Serra e Nova Petrópolis — em três meses.
— Estamos com a empresa que nos presta serviço em fase de mobilização. Temos problemas em vários pontos, como no acesso a Nova Petrópolis. Por isso, como o trecho é relativamente longo, pretendemos resolver pelo menos a situação da roçada, até o final de março — aposta. — Posteriormente, vamos atacar também em outras melhorias, como drenagem, pavimentação e sinalização.
O exemplo positivo está no acesso norte, pela RS-122. Para quem chega de Flores da Cunha ou sai de Caxias do Sul vê canteiros bem aparados e em bom estado de conservação. A explicação pode estar no fato de a prefeitura ter assumido a manutenção por ali. O que, futuramente, também pode ocorrer nos demais acessos e perímetro urbano das vias estaduais e federais. Conforme o diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca), Nestor Basso, algumas conversas foram iniciadas para se discutir o assunto:
— Mas é algo ainda muito embrionário. Não avançamos em nada, na verdade. Lógico que não faríamos de graça, dependeríamos dos recursos do Estado e do Governo Federal. Mas poderia ser uma boa solução e também uma valorização para a Codeca.