Das 98 cidades do Rio Grande do Sul em situação de alerta ou de alto risco de transmissão da dengue, chikungunya e zika, 32 ficam na área da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), com sede em Caxias. Na Serra, 65% das cidades estão em alerta ou tem alto risco de transmissão. A lista aumentou em relação a março do ano passado quando cerca de 40% dos municípios estavam infestados.
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Número de focos do Aedes aegypti encontrados em Caxias em 2019 já é igual ao de todo o ano passado
Quase 40% dos municípios da Serra estão infestados pelo mosquito da dengue
Segundo a Vigilância Ambiental da 5ª CRS, a classificação é usada quando um larva é encontrada em determinado ponto da cidade, como uma armadilha ou um local chamado de alto risco, e os agentes de combate a endemias localizam mais larvas em um raio de 150 metros.
Quando o município é considerado infestado aumenta o número de agentes na visita aos imóveis para acompanhar de perto a situação e verificar como está a reprodução do mosquito. O objetivo é prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Para sair da condição de infestado, o município tem que ficar um ano sem que as equipes encontrem larvas. Esse processo é difícil. Por isso, depois de ingressar na lista, as cidades costumam permanecer nela.
Os números são um alerta principalmente durante o verão, já que a proliferação do mosquito aumenta em virtude das temperaturas mais altas. O principal cuidado deve ser em relação a locais com água parada, que é onde o Aedes deposita os ovos.
A água parada é a maior preocupação para a reprodução do mosquito: basta uma pequena quantidade para que a fêmea consiga colocar os ovos e se reproduzir. Outro fator que preocupa o poder público é que o mosquito tem se adaptado ao ambiente. Se antes ele se reproduzia apenas em água limpa, hoje a situação mudou, e têm sido encontrados focos também em água suja.
Municípios infestados
Antônio Prado, Barão, Bento Gonçalves, Bom Princípio, Canela, Carlos Barbosa, Casca, Caxias do Sul, Dois Lajeados, Farroupilha, Feliz, Garibaldi, Gramado, Guaporé, Ibiraiaras, Lagoa Vermelha, Montauri, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Petrópolis, Nova Prata, Paraí, São Francisco de Paula, São Jorge, São Marcos, São Sebastião do Caí, São Valentim do Sul, Serafina Corrêa, Tupandi, Vacaria, Veranópolis e Vila Flores.
Dicas para evitar o surgimento de larvas e combater o mosquito:
Limpar com escovação semanal o recipiente de água dos animais domésticos.
Recolher o lixo do pátio.
Colocar o lixo ensacado para ser recolhido pela Codeca.
Recolher pneus e armazená-los em locais secos e protegidos da chuva ou encaminhar ao Ecoponto da Codeca (tem custo de R$ 1,65 por pneu, para o morador que entregar o pneu seco).
Tampar caixas d'água.
Colocar telas milimétricas em caixas d'água descobertas, reservatórios de captação de água da chuva e nos ralos.
Limpar as calhas.
Semanalmente, lavar e escovar piscinas plásticas, trocando a água.
Eliminar os pratinhos das plantas.
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