Depois de três anos, Caxias do Sul voltará a ter carnaval de rua. A nova administração municipal já havia anunciado que queria as escolas de samba de volta à via pública. A proposta de resgatar a folia de momo foi feita pelo vice-prefeito, Edio Eloi Frizzo (PSB), e aceita pelos representantes das agremiações, no final da tarde desta segunda-feira (20), na Biblioteca da Estação Férrea. Os dirigentes presentes no encontro decidiram por evento de carnaval, no dia 29 de fevereiro, sábado conhecido como enterro dos ossos. O município sugeriu e as escolas aceitaram a Rua Plácido de Castro como local.
Por parte da prefeitura, além de Frizzo, estavam os secretários interino da Cultura, João Uez, e de trânsito, Alfonso Willembring, e integrantes das duas equipes e da pasta de Turismo, a Guarda Municipal, a Fiscalização de Trânsito e a Coordenadoria de Juventude. Um representante do 12º Batalhão de Polícia Militar também participou. Todos os serviços relacionados a estes setores foram garantidos pelo vice-prefeito, ou seja, segurança, fechamento de rua e banheiros químicos.
– É possível fazermos o que estamos chamando de um espaço de apresentação das escolas, resgatar a presença das escolas na rua, com aquilo que vocês tiverem – disse Frizzo aos dirigentes.
Apenas cinco escolas de samba estavam representadas: Incríveis do Ritmo, Pérola Negra, Acadêmicos do Arsenal, 15 de Novembro e Filhos de Jardel. Segundo os dirigentes, apesar de haver outras agremiações ativas, algumas decidiram que não parcipariam da iniciativa já que não haverá destino de recurso público para realização de um desfile. Sobre isso, Frizzo disse que não há previsão orçamentária de verba para as escolas e que essa questão deverá ser discutida ao longo do ano para o próximo Carnaval. Já a questão se haverá ou não desfile seguiu sendo discutida depois que os representantes do município deixaram o local, permanecendo apenas servidoras da Secretaria de Cultura. Ao final, o formato não foi revelado. Além disso, o horário ainda será definido.
Em 2016, última vez em que as escolas organizaram desfile com dinheiro público, o município gastou cerca de R$ 380 mil - já foi R$ 200 mil a menos que em 2015. A partir de 2017, houve corte total de recursos.