A frequente falta de água em Guaporé em função do rompimento da adutora ou da falta de energia elétrica na área de captação de água no Rio Carreiro tem gerado indignação na população. Moradores contataram a reportagem para reclamar que o problema tem sido frequente há pelo menos seis meses.
— Toda a semana ao menos um dia falta água na cidade. Ligamos para a Corsan e a cada falta de abastecimento é uma informação diferente: ou adutora que rompeu ou falta de energia elétrica onde ocorre a captação. Assim, tem sido há pelos menos seis meses — conta a costureira Claudete Andrade.
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A cidade ficou sem abastecimento de água por horas. A situação se repetiu no final de 2019, quando a população ficou mais de dois dias sem fornecimento. O problema motivou o município a cobrar medidas da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) sobre o assunto. No documento, solicita o envio de relatório contendo as interrupções de fornecimento de água nos últimos dois anos.
A prefeitura também quer saber quais foram os valores investidos e a situação do projeto de melhoria da adutora, que está inserido no prognóstico, perspectiva e planejamento estratégico dos sistemas de saneamento, com prazo imediato, dentro do Plano Municipal de Saneamento Básico de Guaporé de 2017.
Além do oficio, o município comunicou a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) e o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE/RS), bem como protocolou demanda judicial junto ao Ministério Público Estadual sobre o assunto.
Contrato segue até 2032
O contrato de concessão para a prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Guaporé foi assinado em 2007. O prazo expira em 25 ano. De acordo com a prefeitura, na data da assinatura do contrato, o município tinha como obrigação desenvolver o Plano Municipal de Saneamento Básico para que ações e investimentos de curto, médio e longo prazo fossem realizadas pela Corsan. No entanto, ainda segundo a administração municipal, o documento foi deixado de lado e somente em 2017 se tornou realidade. Conforme o prefeito Valdir Fabris (PDT), a instalação de um novo sistema é prioridade:
— Todas as vezes que nos dirigimos à superintendência da Corsan destacamos que o Plano de Saneamento Básico possuía diversas ações para investimentos e que estas não estavam sendo cumpridos. Tentamos de todas as formas administrativas que a companhia realizasse a obra de substituição da adutora, mas não obtivemos sucesso. Nada fizeram— aponta o prefeito.
O que diz a Corsan
"A Corsan informa que recebeu uma “solicitação de informações” da Prefeitura, e está providenciando atender o poder público municipal o mais breve possível. Sobre os problemas de abastecimento ocorridos no final do ano, a Corsan ressalta que desde o dia 1º de janeiro o sistema está operando sem anormalidades, e que eventuais interrupções são causadas por vazamentos de redes, que atingem uma diminuta parcela da cidade. Ainda a respeito de obras previstas, a curto prazo será executada a substituição de redes de água antigas em locais onde a Prefeitura fará em breve pavimentação asfáltica."
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