A liberação do tráfego na RS-122 entre a Serra e a região metropolitana de Porto Alegre ocorrerá nesta semana de forma parcial, segundo o diretor geral do Daer, Luciano Faustino. Empossado na última semana, após troca no comando do departamento devido a um descontentamento do governo do Estado com o ritmo dos trabalhos na autarquia, Faustino afirmou, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade da rádio Gaúcha na manhã desta segunda (9), que a liberação está próxima. No dia 4, o secretário dos Transportes, Juvir Costella, em entrevista ao Gaúcha Mais, disse que a rodovia seria liberada nesta terça-feira (10).
— É uma questão de poucos dias. Com esses dias consecutivos de sol e o trabalho contínuo que está sendo realizado, vai ser possível a liberação em poucos dias, com certeza dentro desta semana — disse Faustino na manhã desta segunda.
A queda de barreira ocorreu na noite de 4 de novembro. Desde então, o tráfego estava totalmente bloqueado no trecho. Conforme Faustino, das três faixas existentes no ponto, duas serão liberadas para o tráfego. A faixa junto à encosta seguirá interrompida.
— A ideia é criar um talude com ângulo de inclinação estável, de modo que não caia mais material sobre a pista e duas faixas de tráfego, uma para subir e outra para descer — explica.
Durante a liberação parcial, haverá sinalização para que os motoristas trafeguem com velocidade reduzida.
— É importante que os usuários fiquem atentos neste ponto para obedecer a sinalização e promover um tráfego com mais segurança.
Após a detonação da encosta na última quarta-feira (4), rochas maiores que ficaram sobre a pista foram detonadas na sexta. Desde então, equipes trabalham na remoção dos materiais que ainda estão sobre a rodovia. As pedras maiores que permaneceram devem ser quebradas para posterior remoção neste trabalho de limpeza.
O diretor do Daer não deu prazo para a obra definitiva de contenção da encosta e liberação total do tráfego. Segundo ele, será feito ainda um estudo técnico para apontar a melhor solução com menor custo.
Questionado sobre o que foi feito para evitar que novos deslizamentos ocorressem desde uma queda de barreira que provocou bloqueio na rodovia por dois meses no início dos anos 2000, e sobre o que o Daer fará para evitar novos desmoronamentos na rodovia, Faustino afirmou que foi feito sim um estudo. Mas também disse que o comportamento das encostas tem uma ação dinâmica e que o próprio uso do solo na área acima da encosta pode ter alterado o escoamento da água na superfície, o que pode ter favorecido o deslizamento.
Faustino também foi questionado sobre a queda de barreira no quilômetro 4 da RS-486, a Rota do Sol, em Itati, que interrompe uma das três faixas neste ponto desde a metade do ano. Ele disse que há um estudo técnico avançado para uma solução definitiva no local.
Confira a entrevista na íntegra: