As imagens chocantes de um atropelamento sobre a faixa de segurança evidenciou um problema há anos enfrentado pelos moradores da Rua General Gomes Carneiro, no centro de Bento Gonçalves. O vídeo mostra como William Rodrigues da Silva da Costa, 20 anos, utilizava a sinalização quando foi atingido por um táxi, que só conseguiu parar cerca de 30 metros após a colisão. O jovem foi socorrido e encaminhado para o Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, onde permanece em observação e seu quadro é considerado estável.
O acidente aconteceu às 22h30min da noite de terça-feira (6) e seria o mais grave de uma série de atropelamentos no mesmo trecho nos últimos dois anos, segundo o engenheiro Marino Dalla Costa, 35 anos. O problema seria o excesso de velocidade praticado pelos motoristas na via.
— Começou há uns dois anos, quando pintaram a faixa. O pessoal não respeita o limite de velocidade, tem gente que anda a mais de 80km/h. De madrugada, é pior ainda. Tanto na descida, quanto na subida, pois o pessoal vem embalado. O pedestre confia na faixa, mas os motoristas não respeitam. Por isso, estes acidentes acontecem recorrentemente — aponta Dalla Costa.
Apesar da insegurança, os moradores não chegaram a fazer uma reclamação à prefeitura _ o que deve ser feito a partir do vídeo deste atropelamento. A sugestão seria por tachões redutores de velocidade e um reforço na sinalização da General Gomes Carneiro.
Taxista alega que não viu pedestre
No registro do acidente, o taxista afirmou que não viu a vítima. Aos policiais militares, ele relatou que ouviu um barulho e de imediato estacionou seu veículo para prestar socorro ao rapaz atropelado.
Em virtude da gravidade das lesões, o táxi foi recolhido para o depósito credenciado ao Detran e está à disposição da Justiça. Na ocorrência, os PMs ainda relatam que um certo tumulto aconteceu em razão de diversos populares estarem alterados após o acidente.
O caso foi registrado como lesão corporal culposa pela BM e lançado sistema da segurança pública no início da tarde desta quinta-feira(8). A investigação cabe a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
— É uma lesão corporal culposa, conforme artigo 303, e precisamos aguardar se a vítima irá querer representar judicialmente contra o autor. O vídeo, possivelmente, será utilizado como prova do ocorrido. O fato de estar na faixa de pedestre é um agravante — afirma o delegado Arthur Raguse.