Dos R$ 3,6 milhões previstos no orçamento de manutenção deste ano do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), ainda há o bloqueio de R$ 1 milhão de custeio, mas a liberação de novos recursos nos últimos dois meses e remanejamentos internos de despesas garantiram que as aulas poderão ser mantidas normalmente até novembro. A previsão da direção do campus, no primeiro semestre, era de que as verbas liberadas até então seriam suficientes somente para manter aulas até setembro, mas agora o planejamento foi ampliado em mais dois meses.
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De acordo com Juliano Toniolo, diretor-geral do campus de Caxias, a unidade recebeu a notícia, nesta sexta-feira (12), de que, a partir de segunda-feira (15), poderá fazer o empenho de mais recursos necessários para garantir os serviços continuados, como pagamentos de energia, água, limpeza, vigilância, telefonia e demais despesas básicas. Bolsas de pesquisa de extensão também estão garantidas neste semestre.
Como segue o bloqueio de cerca de um terço do valor previsto para este ano, o diretor destaca que ainda restam dúvidas sobre as aulas de dezembro. Outro impacto previsto é que investimentos, como a construção de um novo bloco com seis salas de aula, também não possam ser feitos. A obra está orçada em R$ 2,5 milhões. A instituição tem cerca de R$ 1 milhão de verba parlamentar reservada para a expansão, mas não consegue levar o projeto adiante com a redução dos recursos.
O campus de Caxias do IFRS oferece cinco cursos técnicos, cinco cursos superiores, um mestrado e uma especialização. Atende atualmente 1,6 mil alunos, com projeção de ampliação da demanda para 2020 em 1,7 mil estudantes.