As cirurgias eletivas, que são consideradas não urgentes, estão suspensas por tempo indeterminado, no Hospital Geral em Caxias do Sul. A decisão foi tomada porque os leitos de internação, que recebem os pacientes no pós-operatório estão com ocupação máxima. O hospital comunicou a medida aos órgãos responsáveis nesta sexta-feira.
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De acordo com o diretor técnico do HG Alexandre Avino esta é a terceira vez que a entidade precisa cancelar os procedimentos para priorizar pacientes que estão em unidades de emergência e em estado grave.
— Os pacientes que passaram por cirurgias ficaram na sala de recuperação porque estamos com lotação máxima no hospital. Os casos urgentes serão atendidos, mas as cirurgias não urgentes precisam ser canceladas para não colocarmos os pacientes em risco — ressalta.
Avino ressalta que a situação dos hospitais é preocupante:
— Os 227 leitos estão ocupados. Estamos com superlotação e o Hospital Geral faz o possível, mas o problema é que os hospitais estão trabalhando no limite.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde Alexandre Silva afirma que a medida é um alerta.
— O Hospital Geral informou ao conselho que existe há possibilidade de fechamento de leitos a partir de agosto devido a falta de recursos. A situação é complexa porque a demanda é alta. A parte deles o hospital está fazendo — ressalta Alexandre.
Os procedimentos oncológicos e de urgência, como cirurgias cardíacas não foram afetados pela suspensão, bem como as cirurgias ambulatoriais, que não necessitam de internação. Os atendimentos de emergência no Pronto-Socorro (PS), para pacientes levados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os casos judiciais também seguem normalmente.
A medida atinge 49 cidades da região que tem o HG como referência pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 12 de setembro de 2018, o hospital já havia cancelado as cirurgias eletivas (não urgentes) devido a superlotação.
A normalização do serviço só deverá acontecer após a retomada da capacidade física de atendimento do Hospital Geral.