O processo de escolha de um novo bispo é antes de tudo cercado de segredo. Na véspera do anúncio do sucessor de dom Alessandro Ruffinoni – a divulgação será feita por meio de uma live no Facebook da Diocese às 7h desta quarta-feira – circulam pelo meio eclesiástico especulações sobre quem será o novo líder religioso de Caxias e outras 30 cidades da Serra. Porém, nenhuma possibilidade é confirmada e o nome é mantido sob sigilo absoluto.
A escolha teve início depois que o pedido de renúncia de dom Alessandro, encaminhado ao Vaticano em 16 de maio do ano passado, foi aceito pelo Papa Francisco. A solicitação do religioso local ocorreu porque em agosto de 2018 ele completaria 75 anos no que prevê o Código de Direito Canônico, em seu item 401, a apresentação da renúncia do ofício ao Sumo Pontífice.
Todo o processo de escolha de um novo bispo para uma diocese é feito sob sigilo pontifício. Em função disso, os detalhes não são divulgados por nenhuma das esferas nem no Brasil nem no Vaticano. É um processo longo e que envolve diferentes etapas. A primeira delas, cabe à Nunciatura Apostólica, que é uma representação da Santa Sé em cada país.
Em linhas gerais, a Nunciatura faz um estudo que serve de subsídio para a Congregação para os Bispos, na Santa Sé, no Vaticano. É essa congregação que trabalha com as nomeações dos bispos para Igreja em todo o mundo. Após fazer novos estudos, ela oferece ao Santo Padre o que é necessário para que ele, então, nomeie um novo bispo para determinada diocese.