Operação Acolhida, realizada na fronteira com a Venezuela, terá apoio do quartel de Caxias do Sul

Sargento S. Cardoso embarca nesta segunda-feira (8) para Osasco (SP) e segue para Roraima ainda no final deste mêsLucas Amorelli / Agencia RBS

Três militares do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (3º GAAAe) de Caxias do Sul se preparam para a Operação Acolhida, em Roraima (RR). Com confirmação oficial emitida pelo Exército Brasileiro, o segundo sargento Claudenir da Silveira Cardoso embarca nesta segunda-feira (8) para Osasco (SP) onde passará por uma série de treinamentos voltados à missão, que terá duração de três meses: de 29 de abril a 29 de julho. Os cabos Ariel Furquim e Martin Orlando Pinson Tedesco, que também passam pelo treinamento local, aguardam uma possível confirmação posterior para também integrarem a missão.

Iniciada em fevereiro do ano passado, a Operação Acolhida tem como objetivo prestar auxílio humanitário aos imigrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade, refugiados da crise política, institucional e socioeconômica que acomete a República Bolivariana da Venezuela. A ação é das Forças Armadas, em parceria com órgãos da esfera federal, estadual e municipal, além de agências internacionais e organizações não governamentais.

Os soldados de Caxias do Sul serão enviados para o município de Pacaraima, onde a situação está agravada pela concentração de imigrantes, com falta de alimentos e epidemias de doenças. Em um processo de ambientação iniciado no quartel caxiense ainda no dia 25 de março, o trio recebe orientações, inclusive em relação à saúde.

— Abordamos a prevenção de doenças que estão aparecendo na região e as vacinas que eles precisam fazer. Esse cuidado com a saúde é importante para que tenham condições de cumprir a missão e possam também instruir as pessoas no local — comenta a sargento e técnica em enfermagem Ivone, que ministrou um dos diversos módulos na preparação dos agentes.

Para os três militares, essa será a primeira experiência em missão humanitária, oportunidade bastante visada por muitos colegas.

— É uma experiência única que com certeza irá nos acrescentar muito, uma missão real, que nos permite conhecer um local diferente do Brasil, trabalhando com pessoas que vêm de vários lugares e podendo ajudar essas pessoas que estão passando necessidade, deixando seu país em busca de uma vida melhor — afirma o cabo Pinson, que já vivenciou experiências de nível nacional como as Olimpíadas e a Copa do Mundo no Brasil.

Assim como o cabo Furquim, ele está disponível ao Exército para contribuir, principalmente, com sua capacitação em motorista de ambulância. Já o sargento Cardoso, o primeiro a embarcar, com experiência em auxiliar de licitações, deverá atuar na parte administrativa da Operação.

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