Moradores do entorno e demais pedestres em breve contarão com calçadas para circular às margens da BR-116, no bairro Planalto, em Caxias. A implantação do passeio, no sentido Ana Rech-Galópolis, começou na semana passada, cerca de oito meses após a conclusão da terceira faixa.
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A falta de calçada era alvo de reclamação dos moradores e empresários desde a entrega das obras, em julho do ano passado. O espaço para pedestres estava previsto no projeto de alargamento da rodovia, mas não foi executado na época por falta de recursos. Segundo o engenheiro da unidade do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT) em Vacaria, Daniel Bencke, a obra foi viabilizada agora porque a direção do órgão destinou recursos para a manutenção da BR-116 e parte do orçamento foi destinado para a implantação da calçada. As obras são realizadas pela empresa LCM, responsável pelo contrato de conserva da BR-116 na região e pela construção da terceira faixa.
– Estamos implantando a calçada onde é possível, porque não é em todo o trecho que dá — revela Bencke.
Alguns pontos também receberam defensas metálicas para evitar que veículos sem controle eventualmente invadam casas nas proximidades. Os guard rails não estavam previstos no projeto original.
— Foi colocada a defensa porque, como é uma situação nova da rodovia, o pessoal acabou aumentando a velocidade — afirma o engenheiro.
O Dnit cogita a instalação de um redutor de velocidade na entrada do trecho alargado, mas não há prazo para a medida. Isso porque a empresa fotossensores, que assumiu o gerenciamento dos controladores de velocidade, está em fase de substituição e ativação de equipamentos nos pontos já monitorados. Somente depois disso é que novas lombadas serão estudadas.
A implantação do redutor foi uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), acionado por meio de um abaixo-assinado realizado por moradores e empresários. Em reunião no início de fevereiro, o órgão também recomendou a implantação de faixas de aceleração, para facilitar a entrada e saída de veículos. Essa medida, conforme Bencke, não é possível porque não há espaço para a criação de novas pistas.
Inicialmente, o Dnit também previa a aplicação de mais uma camada asfáltica no trecho. Conforme o engenheiro, porém, a medida não é essencial para o tráfego na rodovia e será realizada quando houver orçamento.
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