A prefeitura de Flores da Cunha continua a investir esforços em ações de preservação do patrimônio histórico do município. Após restaurar o Casarão Veronese em 2017, efetivar o tombamento do cemitério Campo Santo dos Imigrantes (primeiro imóvel tombado na cidade), o poder público articular duas novas ações: a organização de um inventário dos imóveis históricos e o início dos estudos para restauração do Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi. Nesta semana deve ser assinada contratação da empresa que fará os laudos técnicos para identificar pontos que devem ser reformados do museu.
— Já estamos organizando isso antes do (incêndio) ocorrido com o museu nacional. Não que nosso prédio corra qualquer risco do tipo, mas queremos "revivê-lo", melhorar a acessibilidade e resolver questões pontuais como a umidade. A ideia é não descaracterizá-lo, até porque não devem ser necessárias intervenções tão drásticas — acredita a arquiteta da Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Trânsito de Flores da Cunha, Sayonara Guaresi.
Os estudos técnicos devem levar entre 60 e 90 dias para serem concluídos. Após, a intenção da prefeitura é elaborar projeto para pleitear recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) para o restauro. Segundo Sayonara, a captação deve começar no primeiro trimestre do próximo ano. Simultaneamente, o poder público dá andamento ao processo de tombamento da estrutura.
— Nosso objetivo com ações como essa é fazer a população se apropriar desses bens e pensar a cidade como sua, que valorize o que é seu — ressalta.
Além de guardar objetos históricos que datam o início da imigração italiana na região, no Museu e Arquivo Histórico Pedro Rossi está armazenado todo o acervo de documentos e fotografias da história da cidade. De 1945 a 1988, o prédio onde hoje está localizado o museu abrigou a prefeitura de Flores da Cunha. Tanto, que até hoje pintura na fachada identifica o local como antigo centro administrativo.
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