Após mais de um mês de aflição por parte da família, Antônio Sérgio Borges da Silva, 75 anos, foi confirmado como a vítima do incêndio que atingiu um casarão na divisa entre os bairros Rio Branco e São Pelegrino, em Caxias do Sul, na noite de 27 de maio.
A identificação foi possível via resultado de exame de DNA devido ao alto grau de carbonização que o corpo foi encontrado após o incidente. O material genético foi analisado pelo Setor de Genética Forense, no Departamento de Perícias Laboratoriais do Instituto-Geral de Perícias (IGP), em Porto Alegre.
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Embora a confirmação represente o fim de apreensão por parte de familiares, segundo a filha única da vítima, Joelma Ribeiro da Silva, mesmo um mês depois, havia expectativa de que o corpo não fosse de seu pai:
— A gente tinha ainda esperança de que ele tivesse se assustado e fugido. Infelizmente não foi o que aconteceu. Mas, pelo menos vamos poder velar ele — comenta.
Ela, no entanto, ressalta que a identificação representa apenas uma etapa das investigações e promete continuar cobrando esclarecimento do fato.
— Não vai ficar assim, vamos descobrir qual foi a causa da morte e cobrar da polícia que encontre o culpado — ressalta Joelma.
Há cerca de dois anos, Antônio Sérgio Borges da Silva residia em um dos quartos do local, onde funcionava uma estofaria e uma pensão. Conhecido como Cabreira, ele era um personagem icônico entre a vizinhança e pessoas que passavam pela região e o viam frequentemente tomando chimarrão no canteiro central em frente à estofaria ao lado do seu cão Max — que não foi encontrado após o incêndio.
O velório de despedida de Antônio Sérgio Borges da Silva ocorre na tarde desta quarta-feira e será reservado a familiares. O sepultamento acontece no Cemitério São Romédio.
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