Centenas de pessoas participaram, na tarde deste domingo, de mais um encontro promovido pelo coletivo Abrace a Maesa, em Caxias do Sul. Com a Rua Plácido de Castro fechada, o espaço recebeu uma programação ao estilo arraiá, com apresentações de grupos como o Maracatu Baque dos Bugres e a banda Cuscobayo — responsáveis por uma grande aglomeração de pessoas. A comunidade também foi convidada a deixar recados em bandeirinhas que foram afixadas na extensão do prédio (foto abaixo).
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O coletivo, formado pela sociedade civil, tem se empenhado para encabeçar atividades que lembrem a comunidade da necessidade da ocupação da Maesa.
— A ideia é que as pessoas tomem ciência sobre a importância da Maesa. Nossa ideia é que a Maesa não seja esquecida como causa da cidade, um equipamento cultural que é nosso — comenta o jornalista Carlinhos Santos, um dos integrantes do coletivo que organizou o encontro.
Um dos momentos mais interessantes da tarde foi uma aula pública sobre a Maesa conduzida por oito convidados. Participaram da mesa o jornalista Rodrigo Lopes, da Coluna Memória do Pioneiro; o presidente a União das Associações de Bairro (UAB), Valdir Valter; o representante do Conselho Municipal de Cultura na Comissão Especial da Maesa da Secretaria da Cultura, Cláudio Troian; a presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) Núcleo Caxias do Sul, Sílvia Nunes; o representante do Vivacidade, Tiago Fiamenghi; o historiador Roberto Nascimento; o representante da Associação dos Amigos da Memória e do Patrimônio Cultural de Caxias (Mousai), Orlando Michelli; e Jaison Barbosa, que, quando vereador, presidiu a Comissão Especial Pró-Tombamento da Maesa. Cada um teve cerca de cinco minutos para falar, acompanhados por dezenas de interessados no assunto. A conversa foi realizada no intervalo dos shows.
— É preciso lembrar que isso aqui é um patrimônio histórico do Brasil. Não podemos reduzir a história de Caxias a uma extensão da história da Itália, ela faz parte da industrialização brasileira _ enfatizou o historiador Roberto Nascimento, que abriu o papo.
Ele retomou um pouco sobre a história do tombamento do prédio, lembrando que o município entregou um plano de ocupação da Maesa ao Estado ainda em 2015.
_ Em dezembro de 2016, foi firmado um termo de de compromisso para esse plano ser executado. Portanto, se a prefeitura acha que pode fazer coisas diferentes do que está previsto nesse plano, está enganada _ enfatizou ele.
A proposta do coletivo Abrace a Maesa é organizar novas edições dessa aula pública sobre o espaço, levando a iniciativca para outros lugares e atingindo outros tipos de público.
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