O governo federal autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam desbloqueadas pelo movimento. O anúncio foi feito por volta das 13h30min desta sexta-feira pelo presidente Michel Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada após reunião no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que contou com a participação de ministros e do presidente.
Leia mais
Governo federal anuncia acordo que suspende por 15 dias a greve dos caminhoneiros
Serra já soma pelo menos 20 pontos com manifestações de caminhoneiros
Com horários de ônibus reduzidos, paradas amanheceram lotadas em Caxias
Falta gás de cozinha em revendas de Caxias
Após anúncio de acordo, caminhoneiros mantêm protestos no RS
"Quero anunciar um plano de segurança imeadiato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fiquem sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será responsabilizado. O governo teve a coragem de dialogar, agora terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro", afirmou Temer.
Na quinta-feira, foi anunciado em coletiva de imprensa um acordo que suspende por 15 dias a greve dos caminhoneiros, iniciada há quatro dias. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a categoria firmou um termo de acordo com representantes dos líderes do movimento. Um dos participantes da mesa de negociações não teria assinado o documento.
A decisão de suspender a paralisação, porém, não é unânime. Apesar do acordo, não houve desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país. Das 11 entidades do setor de transporte, em sua maioria caminhoneiros, que participaram do encontro, duas delas, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil trabalhadores, recusaram a proposta.