O anúncio de que a prefeitura de Canela pretende fazer uma parceria público-privada para construção do aeroporto na Região das Hortênsias despertou o interesse de três grupos empresariais. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Urbanismo e Mobilidade Urbana, Paulo Nestor Tomasini, eles procuraram a prefeitura em busca de informações sobre o projeto. Sem divulgar os nomes, o secretário diz que são dois grupos internacionais e um nacional.
Nesta semana, uma reunião definiu que será formada uma comissão com representantes das prefeituras de Gramado, Canela e de entidades, que dará andamento a levantamentos e tratativas sobre o assunto. Por enquanto, a ideia é utilizar apenas recursos da iniciativa privada para a instalação do aeroporto.
O município de Canela forneceria a área de 148 hectares no bairro Saiqui, a seis quilômetros do centro da cidade e parcialmente desapropriada. Conforme Tomasini, licenças estaduais e federais necessárias já foram concedidas, mas podem depender de renovação.
- É uma questão de sobrevivência do turismo regional - afirma o secretário.
Segundo ele, 40% dos passageiros que desembarcam no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, têm como destino a Região das Hortênsias. O secretário diz que o projeto prevê uma pista de 2,5 mil metros e está pronto desde meados dos anos 2000.
Em 2012, o terminal foi incluído no Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional, lançado pelo governo federal. Mas, em 2016, o aeroporto foi descartado pela União por causa da proximidade área reservada para o aeroporto de Vila Oliva, em Caxias do Sul.
O secretário de Canela afirma, no entanto, que o trajeto para ir da localidade caxiense à Região das Hortênsias tem topografia acidentada e demandaria mais investimento que a construção do novo aeroporto.