Cerca de 150 pessoas, entre estudantes, professores e servidores dos Correios, fazem um protesto conjunto em frente ao Monumento ao Imigrante, na BR-116, em Caxias do Sul. Os manifestantes devem permanecer na rodovia até por volta das 19h. Após, seguirão a pé até a Universidade de Caxias do Sul (UCS), o que deve deixar o trânsito em meia pista no sentido Lourdes-Ana Rech. Na Cidade Universitária, o grupo une-se aos integrantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) para mais protestos.
Conforme o diretor-geral do 1° Núcleo do Cpers em Caxias, David Carnizella, os servidores tentam chamar a atenção sobre as reivindicações de cada categoria. Estão sendo distribuídos panfletos aos motoristas e pedestres. Os manifestantes evitam bloquear a rodovia, mas aproveitam o momento em que os semáforos fecham para balançar bandeiras e proferir frases de efeito na frente dos veículos, o que deixa o tráfego de veículos lento.
Os carteiros estão em greve desde o dia 22 de setembro. A mobilização ocorre porque, segundo eles, os Correios ameaçam retirar benefícios dos funcionários, como o vale cultura e vale alimentação; reduzir o pagamento das cestas básicas aos dias trabalhados; diminuir a idade máxima dos dependentes de 18 para seis anos; e condicionar o plano de saúde ao pagamento de pelo menos 20% da mensalidade por parte dos funcionários. Além disso, a categoria se preocupa com o futuro do pagamento do adicional de férias, horas extras e adicional por trabalho noturno.
Já os professores da rede estadual estão mobilizados diante dos frequentes parcelamentos de salários. Segundo levantamento do Cpers, 52 escolas estaduais estão em greve na Serra, 28 delas paradas totalmente. Em Caxias, seriam 24. Já, segundo a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), são 56 escolas sem aulas na Serra, sendo 17 paralisadas totalmente. Em Caxias, 38 instituições estão em greve total e parcial.
Uma assembleia na próxima sexta-feira (dia 29), no Gigantinho, em Porto Alegre, decidirá os rumos da paralisação dos professores.