Mesmo antes da UPA de Caxias do Sul abrir para os pacientes na tarde desta quarta-feira, algumas pessoas já aguardavam por atendimento do lado de fora. Ansiosa, a dona de casa Terezinha de Borba, 66 anos, foi a primeira da fila. Moradora do bairro Centenário, ela tenta há quase um mês descobrir a gravidade de um caroço que apareceu na garganta. Depois de passar por atendimento no Postão e por um médico particular, que não resolveram o problema, Terezinha decidiu buscar ajuda na UPA. Por volta das 14h56min, ela entrou na unidade, retirou uma senha para cadastro e logo foi chamada para a triagem. Minutos depois, por volta das 15h15min, um médico a chamou para consulta.
— Ele me tratou muito bem, perguntou se eu tinha muita dor e me deu uma requisição para fazer exames. Por enquanto, ele disse que não tinha muito que fazer por mim, porque é preciso investigar bem o caroço. Estou bem satisfeita com o atendimento — conta ela.
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No primeiro minuto de portas abertas, a primeira UPA da cidade já tinha, ao menos, 15 pacientes. Entre eles estava o pequeno Igor Jonatan Bordin Hoffman, 10 meses, que foi levado pela mãe e os avós. A família não sabia que a unidade já estaria aberta nesta quarta-feira e se deslocavam do bairro Fátima até o Postão quando receberam a informação. Com uma alergia pelo corpo, Igor ficou cerca de 20 minutos dentro da UPA, entre o processo de triagem e o fim da consulta.
— Gostei bastante de todo o atendimento. O que mais me incomodava no Postão, além da distância de casa, era a demora. Sei que é o primeiro dia e que chegamos antes de abrir, mas foi tudo bem rápido. Saímos sabendo que ele está com uma virose e já temos a receita pros remédios. Tomara que seja sempre assim — confia Nilva de Lucena, 56, avó de Igor.
Nas primeiras três horas de atendimento (das 15h às 18h15min), 59 pessoas procuraram a UPA para procedimentos diversos. A maioria, conforme o coordenador administrativo Volnei Rizzotto, foi em busca de consultas de baixa complexidade. Até as 19h, nenhum paciente de urgência e emergência foi levado até a unidade.
Ainda é cedo para avaliar se a abertura da UPA conseguirá desafogar o Postão. Na tarde desta quarta-feira, por volta das 16h, a movimentação por lá era tranquila. A demanda maior era na ala da pediatria, porém, segundo os próprios pacientes, o tempo de espera não passava de duas horas. No entanto, a baixa procura pode ter relação com o feriado.