Raquel Fronza
A dramática trajetória de um menino que inicia sua experiência com entorpecentes aos oito anos evidencia o despreparo da sociedade para lidar com a drogadição na infância. E se engana quem pensa que este começo tão precoce só tem como pano de fundo metrópoles ou regiões conflagradas pela violência. O cenário da história desta criança é a turística Bento Gonçalves, cidade com pouco mais de 100 mil habitantes e visitada anualmente por quase 2 milhões de turistas. Mas poderia ser qualquer outro pacato município da Serra, já que o crack – droga causa efeitos no cérebro entre 5 a 10 segundos e cujo "barato" instantâneo é capaz de viciar desde os primeiros usos – se espalhou rapidamente em todo o território gaúcho.
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