Entre as diferentes características que definem os 70 cachorros que vivem hoje na Associação Caxiense de Proteção aos Animais São Francisco (Apas), em Caxias do Sul, existe uma em comum: todos precisam de uma família. Há meses, os animais passam os dias num terreno úmido e cercado de entulhos. Além disso, água e comida são escassas. A situação da APAs piorou desde que o responsável pela entidade, que ocupa irregularmente um terreno particular no bairro Parque Oásis, alegou não ter recursos para manter o trabalho.
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Para amenizar o drama dos bichos e, principalmente, encontrar um lar para os cães, um grupo de organizações não-governamentais (ONGs), pets-shops, clínicas veterinárias e lojas de ração promove semanalmente a campanha 200 Corações para 200 Focinhos: todos os sábados, voluntários passam o dia na Apas aguardando por interessados na adoção. Eles também levam ração, água e remédios, como vermífugos e antipulgas. Desde fevereiro, quando teve início a ação, 130 animais já foram adotados.
– Apesar do sucesso da campanha, já que cães cegos e idosos ganharam uma família, ainda restaram aqueles de porte médio e grande, mas que precisam muito de um lar. Sabemos que para este tipo de cachorro, é preciso um ambiente adequado e talvez por isso alguns estejam na fila. Queremos que cada um deles tenha a chance de ganhar um lar de muito amor e carinho. Onde eles estão hoje, eles não vivem, mas apenas sobrevivem – acredita a voluntária Cláudia Tormes
Em busca de um lar
70 cachorros aguardam por adoção na Apas, em Caxias
Campanha tenta retirar bichos que vivem num terreno úmido e cercado de entulhos na chácara, que ocupa irregularmente um terreno particular no bairro Parque Oásis
Kamila Mendes
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