Mesmo com aorganização de um protesto que barraria a saída do transporte urbano de Caxias do Sul na manhã desta segunda, não há registro de atraso no serviço. Por volta das 5h30min, a frota de ônibus saiu normalmente do bairro Esplanada, onde fica a garagem da Visate, em direção aos bairros.
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Funcionários da Visate se mobilizaram no fim de semana para organizar um ato que chamaria a atenção para o dissídio da categoria, que atualmente está sem reajuste. Na semana passada, o prefeito Daniel Guerra (PRB) não repassou reajuste ao atual preço de R$ 3,40 da passagem urbana. Com isso, os salários poderiam ser congelados, segundo os servidores. A concentração dos funcionários deveria ocorrer a partir das 3h. Até 6h, não houve movimento de servidores.
Faltava pouco para as 6h quando a auxiliar de limpeza Marilda Moreira, 57 anos, aguardava o coletivo para o bairro Cristo Redentor. Ela estava sentada na parada de ônibus Sinimbu ao lado do taxista Itacir Renosto, que também esperava o Cristo Redentor para voltar para casa e finalmente descansar do expediente da madrugada. Ambos elogiavam o congelamento do valor da passagem, e estavam atentos ao vai e vem dos ônibus.
– A gente achou que não ia passar, mas pelo menos vimos o movimento normal agora. Os R$ 3,40 ainda são alto, mas pelo menos a gente pode respirar aliviado por enquanto – contou Marilda, que usa quatro passagens diárias para trabalhar.
– É uma coisa boa que o Guerra fez, isso tem que elogiar –admitiu o taxista Itacir.
Quando o valor da passagem era discutido, a Visate sugeriu que passasse a R$ 4,25. Por meio da assessoria de imprensa, a empresa afirmou que o reajuste não decorre somente da inflação e que o cálculo é feito por meio de uma planilha chamada Geipot, instrumento previsto no contrato de concessão com a prefeitura.
Assim, o valor da tarifa considera diversos fatores e é distribuído entre custos como o preço da rodagem da frota (25,58%), pessoal (55,19%), depreciação da frota (8,38%), entre outros.