Pelo menos duas das quatro equipes da Polícia Federal que, desde o início da manhã estiveram dentro do estaleiro QGI para cumprir mandatos pela 33ª fase da Operação da Lava-Jato, já deixaram o local sem levar funcionários da empresa. Um dos alvos da ação, o diretor do consórcio QGI, Marcos Reis, está na China.
Apesar da movimentação da polícia, o clima no local parece tranquilo. Desde as primeiras horas da manhã, trabalhadores chegam ao estaleiro, muitos em busca de serviço. Isso porque o estaleiro QGI, formado pelas empresas Queiroz Galvão e Iesa Óleo e Gás, era o único da região que não havia sido atingido ainda pela Lava-Jato.
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As empresas do consórcio são responsáveis por duas obras previstas para Rio Grande: as plataformas P-75 e a P-77. Apesar do acordo firmado entre Petrobrás e QGI desde 2013 – no valor de US$ 1,68 bilhão–, o estaleiro, que tinha previsão de contratar pelo menos 2 mil funcionários, está operando com apenas 200 trabalhadores, já que uma discordância entre as empresas impede a obra de começar integralmente.
Além das equipes que foram ao estaleiro, a Polícia Federal também enviou agentes na manhã desta terça-feira para uma sala alugada pela QGI na Câmara de Comércio de Rio Grande. Foram apreendidos documentos e mídias. No total, 12 agentes participaram da operação.
Esta etapa da operação, batizada de "Resta Um", cumpre no total 32 mandados. Além do Rio Grande do Sul, são cumpridos mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais.