O prefeito de Flores da Cunha, Lídio Scortegagna, assinou nesta quinta-feira um decreto de limitação de gastos devido a redução de receitas no primeiro trimestre. O corte de R$ 2 milhões já está valendo e atinge projetos das secretarias de Turismo, Obras, Agricultura e Desenvolvimento Social. As informações são da Gaúcha Serra.
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De acordo com o chefe do executivo, Flores da Cunha deixou de arrecadar R$ 1,1 milhão nos primeiros meses do ano. A Secretaria de Obras será a mais atingida pelo decreto, com contingenciamento de R$ 1,7 milhão. Serão abortados os projetos de reforma da Avenida 25 de Julho, orçado em R$ 500 mil, e a pavimentação da estrada de São Gotardo, de R$ 700 mil. O novo prédio de oficinas na saída do bairro Granja União também será cancelado, entre outras obras.
Mesmo com o bloqueio de R$ 2 milhões, o prefeito diz que são estudadas novas medidas de redução de gastos, já que as projeções apontam que o déficit até o fim do ano é de R$ 4 milhões. Conforme Scortegagna, o novo decreto deve impedir o início de obras e promover corte de diárias e viagens, com exceção da área da saúde.
O prefeito lembra que os salários dele, vice e secretários já estão congelados, e que alguns secretários que deixaram a administração para concorrer estão sendo substituídos por funcionários de carreira.
Saúde
Investimentos na saúde também dependem das finanças do município. A presidente do Hospital Nossa Senhora de Fátima, Olga Baggio Sandri, acompanhada de uma comitiva de diretores do hospital, procurou a prefeitura de Flores da Cunha nesta semana para pedir dinheiro para ampliar o Pronto-Socorro. O projeto prevê uma expansão de 50 metros quadrados, orçada em R$ 300 mil.
De acordo com Andreia Franciscato Vignatti, diretora administrativa do Fátima, o único hospital da cidade hoje tem, no pronto-socorro, quatro leitos e cinco poltronas para atender pacientes adultos, de pediatria e saúde mental. Desde que foi inaugurado o pronto-atendimento, em 2005, aumentou o movimento em 60%. Por isso, o projeto prevê triplicar a capacidade de atendimento, com 12 leitos divididos por alas. Só que o hospital diz que necessita de investimentos da prefeitura, já que 60% dos leitos são do SUS.
Em 2015, foram atendidas 40 mil pessoas no Hospital Fátima. É mais do que a população de Flores da Cunha, estimada em 30 mil habitantes. O hospital também é referência para Nova Pádua. O prefeito diz que está aguardando o fechamento do primeiro quadrimestre para verificar a evolução da receita e dizer se poderá assumir o compromisso de destinar recursos para a ampliação do hospital.
Orçamento
Prefeitura de Flores da Cunha assina decreto de cortes de gastos
Medida bloqueia R$ 2 milhões e paralisa obras e projetos de diversas secretarias
Babiana Mugnol
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