Celulares e drogas são apreendidos em operação no presídio de Vacaria

Oito celulares, 12 pacotes de maconha e 12 pedras de crack foram apreendidos em duas celas do Presídio Estadual de Vacaria em operação da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) na tarde desta terça-feira. A informação é da Gaúcha Serra.

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A operação ocorreu nas celas de dois detentos investigados pela Polícia Civil por um homicídio ocorrido em Bom Jesus. Um dos presos, Fernando da Silva, 25 anos, havia feito 600 ligações em 15 dias. Ele é apontado como mandante do assassinato do ex-sogro Nelci Tramontin dos Santos, 56 anos. O outro preso, conforme a Polícia, é o executor do homicídio: Maicon Daniel Velho da Costa, 30 anos, conhecido como Bruxo. Ambos foram transferidos para o Presídio Regional do Apanhador, em Caxias do Sul.

Conforme o diretor do presídio de Vacaria, Jorge Augusto Rodrigues da Silva, um ofício encaminhado pela Polícia Civil foi recebido no final da tarde da segunda-feira (25) e, a partir do documento, a Susepe organizou uma operação para esta terça (26). Participaram da ação, que começou às 13h30min e durou três horas, 17 agentes, com reforço de equipes da Penitenciária Regional do Apanhador e da Penitenciária Industrial de Caxias do Sul.

A maconha estava em 12 sacos de leite escondidos em uma das camas na cela de Fernando da Silva, conhecido como Fernandinho Beira-Mar (que não é o mesmo bandido conhecido em todo o país). Conforme o diretor, os agentes tiveram que quebrar uma estrutura de cimento que sustentava a cama, deixando um espaço oco abaixo do estrado. Essa é a única cama do presídio com essa estrutura, segundo Silva, que não soube explicar o motivo, e afirmou que já era assim antes da sua gestão. Na mesma cela, foram encontrados cinco celulares.

Na outra cela, de Maicon da Costa, foram encontrados três celulares e um tubo contendo 12 pedras pequenas de crack. Em cada cela, havia 16 apenados. Também foram encontrados na operação um chip e dois cartões de memória. Além da transferência, Beira-Mar e Costa respondem a um procedimento administrativo disciplinar.

Quanto aos celulares encontrados, Silva afirma que a maioria dos aparelhos é arremessada de fora do presídio. Segundo ele, o sistema de videomonitoramento favorece a interceptação pelos agentes. No ano passado, foram apreendidos 275 celulares no total.

O presídio está agora com 272 detentos, sendo que a capacidade é de 96. Silva relata que a média diária de agentes no plantão é de três, sendo um supervisor. Além da equipe de plantão, o presídio tem, no efetivo, o administrador, um chefe de segurança e um agente administrativo. Conforme o diretor, o baixo número de agentes ocorre por conta de aposentadorias e transferências de servidores a outras cidades; além disso, três agentes estão afastados por problemas médicos.