O trânsito é lento no km 68 da ERS 122, em Caxias do Sul, onde ocorre a paralisação dos caminhoneiros. A situação na tarde desta segunda-feira é praticamente a mesma do que foi registrado pela manhã: os caminhões ocupam a pista da direita dos dois lados da via. A pista da esquerda é liberada para o tráfego de carros de passeios e ambulâncias.
Caminhões com cargas vivas foram liberados para retornarem ao ponto de origem, em benefício dos animais. Ou seja, a entrega não será feita, mas os veículos não ficam parados na estrada. Carregamento com cargas perecíveis permanecem na paralisação.
De acordo com um dos líderes do protesto na região, Renato Baungarten, há a expectativa do trecho ser totalmente bloqueado entre às 17h e 18h, o que ainda vai ser confirmado.
- Tudo depende da presidente Dilma. Não temos hora nem dia para encerrar a paralisação. Aguardamos orientações do pessoal que comanda a paralisação se haverá bloqueio total - diz ele.
Confira as últimas notícias do Pioneiro
Alguns caminhoneiros passaram a noite na estrada. É o caso de Marciano Galvagni, 21, que foi parado por volta da meia-noite. De Garibaldi, ele iria até São Marcos para um carregamento de frango.
- Não está fácil viajar. O diesel aumenta bem mais que o frete. Se a empresa vai mal, o caminhoneiro vai mal. Nossa comissão acaba virando só em despesa. Alimentação, por exemplo, é por minha conta - explica.
Os caminhoneiros concentrados na ERS-122, em Caxias, prometem ficar na estrada até que o governo baixe o preço do diesel. Atualmente, o litro custa cerca de R$ 3. Os caminhoneiros também pedem a saída de Dilma da presidência da República.