Uma jovem que esteve na festa onde Alexandre Brito da Costa, 16 anos, passou mal antes de morrer afirma nunca ter visto tanta droga disponível num único lugar. A testemunha estava acampada num balneário à beira do Rio São Marcos, na localidade de São Gotardo de Ana Rech. A balada foi organizada para comemorar o aniversário do organizador, que também é menor de idade.
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A jovem chegou no balneário ainda na tarde de sábado, e foi embora somente no final da tarde de domingo. No dia seguinte, soube que Alexandre havia morrido e decidiu procurar familiares do adolescente para relatar o que sabia.
Adolescente passou mal por horas dentro de barraca
A morte é investigada pelo 3º Distrito Policial (3º DP). O delegado responsável pelo caso, Guilherme Gerhardt, diz que o objetivo é identificar quem levou o rapaz para a festa e se alguém forneceu substâncias ilegais a ele. A hipótese é de que o adolescente teria consumido LSD, droga sintética que causa alucinações. Caso a polícia identifique quem repassou a suposta droga para o adolescente, Guilherme diz que o autor poderá ser indiciado por tráfico de drogas e talvez por homicídio culposo (sem intenção de matar).
Pioneiro: Você viu quando o adolescente passou mal?
Testemunha: Sim. Ele estava bem louco, fora de si. Veio desesperado pra cima de mim, pedia pela mãe, pensava que eu era a mãe dele. Tentei acalmá-lo. Depois ele começou a bater em um amigo e dizer que o odiava. Nada que ele falava fazia sentido. Eu tentei ajudar, mas os amigos dele disseram "esquece ele, ele tá muito louco". Depois disso, deixaram ele sozinho na barraca, era muito frio. Mais tarde, quando foram ver se ele estava bem, o guri parecia uma estátua com a boca toda roxa olhando pra cima. Foi nessa hora que levaram ele pro hospital. Se tivessem levado antes, poderia ter sobrevivido. O lugar fica a uns 45 minutos do hospital.
Morte de adolescente
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Adriano Duarte
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