O trânsito foi liberado na esquina da Avenida Júlio de Castilhos com a Feijó Junior, em Caxias do Sul. No início da manhã cerca de 20 lojistas protestaram no local pedindo por mais segurança. Eles seguravam uma faixa preta bloqueando a via nos dois sentidos. Estabelecimentos comerciais entre as ruas La Salle e Feijó Júnior fecharam as portas e colaram faixas prendas nas entradas e vitrines.
Durante a manifestação, houve tumulto entre os comerciantes e o motorista de uma caminhonete, que tentou forçar a passagem entre as pessoas que seguravam a faixa, ameaçando quebrar o bloqueio na direção onde estava uma grávida de 19 anos. Os manifestantes gritaram e bateram no capô do veículo, que acabou desistindo e foi embora.
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Segundo os comerciantes, os assaltos se intensificaram na região. Alguns lojistas dizem que um roubo é registrado por dia nos últimos três meses. Os assaltos ocorrem geralmente em duplas, com os bandidos armados com faca. Depois, eles fogem em direção ao bairro Euzébio Beltrão de Queiróz.
Outra modalidade recorrente é o furto. Mulheres jovens, em duplas ou trios, entram nos estabelecimentos com mochilas nas costas. Enquanto uma distrai a vendedora, as outras furtam mercadorias e as colocam dentro da mochila. Nas proximidades da loja, elas são aguardadas por um carro.
Um grupo no WhatsApp, chamado Assalto São Pelegrino, foi criado pelos lojistas com o intuito de um informar o outro sobre movimentações suspeitas de clientes e pedestres e até mesmo quando algum crime acontece.
- Nos últimos três meses, percebemos três furtos. Algumas vezes, quando vimos atitudes suspeitas, mandamos uma mensagem pelo grupo no Whatsapp e o pessoal (comerciantes das lojas vizinhas) foram até a loja, inibindo a ação - conta Viviane Vanin, 25, funcionária de uma loja de confecção infantil, que participava da mobilização.
O protesto ganhou a adesão de uma cuidadora de idoso que passava e juntou-se ao grupo:
Manifestação
Após protesto de lojistas, trânsito é liberado na Av. Júlio de Castilhos, em Caxias
No início da manhã cerca de 20 comerciantes protestaram no local pedindo por mais segurança
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