Em pouco mais de quatro meses, o número de buracos na ERS-122, entre Antônio Prado e a BR-116, saltou de mais de 300 para 840. O trecho teve reforma e manutenção previstas no Contrato de Restauração e Manutenção das Rodovias da Região da Serra (Crema Serra), mas até agora os motoristas veem a situação da rodovia piorar dia após dia.
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O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) afirma que são realizadas operações tapa buracos no trecho. O resultado pode ser percebido na redução de crateras profundas, que causam mais danos aos veículos, e nas marcas no asfalto, indicando locais em que novo asfalto foi aplicado. No entanto, as obras não são suficientes.
A média nos 43 kms é de 19 buracos por quilômetro, número bem acima do contabilizado no fim de maio, quando havia pouco mais de 300. Um mês depois o total já havia dobrado e, no fim de julho, chegava a 715.
Em pouco mais de três meses, o número de locais em que o asfalto cedeu, formando ondas na pista e no acostamento, triplicou. No fim de maio o Pioneiro contabilizou 40 pontos, contra mais de 120 nesta sexta-feira. Além dos problemas evidentes, a rodovia tem inúmeros trechos com rachaduras, indicando que o problema vai piorar.
De acordo com o Daer, há alguns pontos, como entre os kms 144 e 164, considerados mais críticos, que exigem intervenção constante. "Infelizmente com o tráfego pesado e chuvas constantes não se consegue manter por um período mais prolongado o tapa buraco, mas estão executando na medida do possível", diz a autarquia, através da sua assessoria de comunicação.
Além da operação tapa buracos, o Daer afirma que está sendo realizada a recuperação dos dispositivos de drenagem no trecho. A rodovia deve ser recapada, mas o trabalho começa apenas depois que forem concluídas as obras na RSC-453. A autarquia evita dar prazos, pois questões climáticas podem afetar o andamento, mas estima que em meados de outubro a recapagem deve começar entre Antônio Prado e a BR-116.
Infraestrutura
ERS-122, entre Antônio Prado e a BR-116, ganha 500 buracos em mais de quatro meses
O trecho é atendido pelo Crema Serra, mas as operações tapa buracos não são suficientes
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