Para o major Emerson Ubirajara de Souza, subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, a culpa pelo tumulto antes do jogo entre Juventude e Brasil-Pe não é da falta de efetivo da Brigada Militar no entorno do Estádio Alfredo Jaconi.
Major Ubirajara relata que a briga foi iniciada pela torcida organizada do Juventude, e que havia uma guarnição da Brigada Militar que realizava policiamento na cidade e havia sido deslocada para o entorno do estádio, com dois ou três policiais.
Ele considera o incidente normal, e minimiza a ideia da confusão causada pela falta de efetivo:
- Não se pode relacionar a briga com a falta de policiamento. Isso sempre acaba acontecendo (uma torcida provocar a outra), vemos com naturalidade.
Explica, ainda, que a revista dos torcedores foi feita "de forma rápida e não tão rigorosa", porque os portões abriram minutos antes do início do jogo.
Major Ubirajara explica que a corporação estava com o efetivo preparado para a atuação no jogo desde as 16h15min, com previsão de saída do quartel do bairro Kayser às 17h. Os cerca de 70 brigadianos iriam escoltar a torcida xavante, além de realizar policiamento no Jaconi.
- Eles foram impedidos de sair de lá por causa do protesto, porque só existe uma saída no quartel - afirma.
No protesto, aproximadamente 150 familiares de policiais militares trancaram a passagem e só liberaram a saída após a negociação com o subcomandante. Major Ubirajara ressalta que o objetivo do grupo era chamar atenção para a indignação da categoria com o parcelamento de salários proposto pelo governador José Ivo Sartori, na sexta-feira.
- A ideia deles era não deixar o jogo acontecer - diz, acrescentando que a manifestação foi encerrada, e os policiais saíram do quartel às 18h30min.
O major destaca que a organização dos protestos não parte da Brigada Militar, mas de associações de classe ou familiares e, portanto, não tem como prever se haverá mais incidentes como esse no Ca-Ju.
Tumulto no Jaconi
Subcomandante do 12º BPM minimiza confusão gerada por falta de policiais em jogo em Caxias
Para Major Emerson Ubirajara de Souza, incidente é considerado normal
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