Diante da falta de pistas sobre o que pode ter motivado o assassinato de Ana Clara Benin Adami, 11 anos, e da dificuldade de identificar o homem que atirou contra a menina, a polícia pede a ajuda da comunidade de Caxias do Sul. Pessoas que disponham de câmeras com imagens que possam ter flagrado qualquer movimentação suspeita na tarde do crime ou que tenham alguma informação que colabore com as investigações podem contatar a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A testemunha terá o anonimato preservado.
"É um caso totalmente fora dos padrões", diz delegado sobre menina baleada em Caxias
"Ele deu o tiro e saiu correndo", conta menina que estava junto da garota baleada em Caxias
"Ela dizia que não queria morrer", conta mulher que ajudou a socorrer menina baleada em Caxias
Morte de menina baleada em Caxias do Sul gera comoção
- Apesar de ter diversas câmeras instaladas nas proximidades, nenhuma delas nos mostrou algo que possa ajudar, seja na aproximação do indivíduo, durante o disparo e também na fuga. Ele não aparece em nenhuma imagem que foi fornecida. Importante ressaltar também que em muitos locais onde visivelmente se vê uma câmera, esses equipamentos quando verificados não estavam gravando ou não estavam funcionando -detalha o delegado Rodrigo Duarte, que responde interinamente pela DPCA.
Ana Clara foi morta na tarde de quinta-feira, dia 16 de julho. Por volta de 13h30min, ela caminhava pela Rua Marcos Moreschi, no bairro Pio X, quando foi alvejada por um disparo no abdômen. A menina ia para a catequese, acompanhada por uma amiga, quando um homem se aproximou e atirou. A garota chegou a ser operada, mas morreu no mesmo dia.
Os pais de Ana Clara, a amiga que caminhava ao lado dela e outros amigos foram ouvidos pela Polícia Civil, mas não forneceram informações capazes de levar à identificação do assassino. Agentes também averiguaram o Facebook e o celular da garota, com autorização dos pais, mas não encontraram as supostas ameaças que Ana Clara teria sofrido.
- Isso deixa as ameaças baseadas somente nas palavras de algumas testemunhas, que não esclarecem que tipo de ameaças ela teria sofrido - pontua o delegado.
Até agora, o relato da garota de 11 anos que acompanhava Ana Clara no momento do crime é a principal chave para a polícia entender a dinâmica do crime, já que câmeras próximas não filmaram a ação nem a aproximação do homem.
- Pessoas que tenham câmeras não tão perto do local, compatíveis com dia e horário, se verificarem algo estranho, fora dos padrões, e pessoas que tenham visto algo e não tenham sido chamadas a depor, podem entrar em contato conosco para que possamos averiguar as informações como prova do inquérito policial - pede o delegado.
O telefone para fornecer informações é o (54) 3214.2014.