Apesar de Caxias do Sul ser a segunda maior cidade do Estado e segundo maior polo metalmecânico do Brasil, contar com apenas três voos diários em dias úteis e centenas de empresários chegarem e partirem todos os dias para fechar negócios, não há perspectiva de reformas de vulto no Hugo Cantergiani. Enquanto o terminal funciona com aparelhos antigos, sofre com rachaduras e oferece precária infraestrutura aos passageiros, resta aguardar pela construção de um novo, em Vila Oliva. O que deve demorar para se tornar realidade.
O atual aeroporto de Caxias não está contemplado no plano de aviação regional lançado pela Secretaria Nacional da Aviação Civil em 2012. O programa prevê investir cerca de R$ 7,3 bilhões na construção ou reforma de 270 terminais em todo o país. A vaga caxiense ficou com Vila Oliva, em fase de estudo ambiental. Todos os contemplados passam por cinco etapas até ficarem prontos.
Um comparativo com outros sete aeroportos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina expõe a situação do Hugo Cantergiani. Joinville, por exemplo, tem praticamente a mesma população e quatro vezes mais voos, embora a pista seja mais larga, o que influencia na opção das companhias aéreas. Passo Fundo, com menos da metade da população de Caxias, tem nove decolagens por semana, incluindo para Curitiba.
O Hugo Cantergiani não tem possibilidade de expansão. O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, chegou a se referir ao terminal como "condenado".
Serra Imobilizada
Comparativo com outros sete aeroportos expõe realidade do Hugo Cantergiani, de Caxias
Se Caxias tem três voos, terminais de cidades menores como Passo Fundo têm nove por semana
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